RIO DE JANEIRO, 15 de jun de 2012 às 23:20
Segundo informou a Conferência Nacional dos bispos do Brasil (CNBB) em seu portal oficial, a Rio+20 já conta com a participação de uma representação da Santa Sé, chefiada pelo cardeal arcebispo de São Paulo (SP), Dom Odilo Pedro Scherer e que conta com a presença de Dom Francis Chullikatt. Em uma recente entrevista à WebTV Redentor, este prelado destacou que a missão da representação do Vaticano é destacar a pessoa humana e os problemas ecológico-sociais dos países mais pobres que muitas vezes não têm voz nas grandes conferências.
Para cardeal Scherer, liderar a comitiva “é uma tarefa importante porque eu irei integrar e, ao mesmo tempo, chefiar a delegação da Santa Sé, que representa a palavra da Igreja, a posição da Igreja sobre as questões tratadas na Rio+20. No entanto, com grande honra, porque é a oportunidade de apresentar o pensamento da Igreja, que tem uma grande autoridade moral no conselho das nações. Embora o Vaticano seja um Estado pequeno, a sua representatividade é muito grande e importante no âmbito das nações”, disse o cardeal.
Dom Odilo, segundo a nota da CNBB, ressaltou a forte presença da Santa Sé em eventos promovidos pelas Nações Unidas e outros órgãos internacionais. “Ela tem se feito presente através do Observador Permanente da Santa Sé nas Nações Unidas e por isso também apresenta a Santa Sé em eventos como este, que é a Rio +20”.
“A Igreja tem um pensamento, um olhar próprio sobre todas essas questões, uma visão sobre o homem, uma visão sobre a economia, cultura, sobre a vida e assim por diante. Portanto, são oportunidades da Santa Sé, em nome da Igreja, de estar colocando a posição, a palavra da Igreja para ajudar a servir e iluminar, e isso faz parte da missão evangelizadora da Igreja”, concluiu.
Pela primeira vez no Rio de Janeiro e com participação ativa na Rio + 20, o Observador Permanente da Santa Sé nas Nações Unidas, Dom Francis Chullikatt, tem uma missão importante: destacar a pessoa humana e os problemas ecológico-sociais dos países mais pobres, que, segundo ele, muitas vezes não têm voz nas grandes conferências.
Junto com dom Francis, chegaram na última terça-feira, 12 de junho, três colaboradores: o Pe. Philip J. Bené, Pe. Justin Wylie e o advogado Lucas Swanepoel, que já estão participando da 3ª Reunião do Comitê Preparatório, no qual se reúnem representantes governamentais para negociações dos documentos a serem adotados na Conferência.
Em entrevista para a WebTV Redentor, dom Francis Chullikatt falou sobre o papel da Igreja na Rio+20, destacando os três aspectos do desenvolvimento sustentável: a sustentabilidade econômica, social e ambiental.
“A Igreja é muito importante no desenvolvimento destes três aspectos. Relacionado ao aspecto econômico, sabemos que a Igreja Católica sempre se preocupa com os países pobres. Quando falamos do social, sabemos que a Igreja é totalmente envolvida no crescimento da situação social do mundo. O terceiro aspecto, o ecológico, pode-se destacar, aqui no Brasil, a preocupação com a proteção da Amazônia. Nós cuidamos da natureza, porque nós católicos acreditamos na preservação”, disse.
O Observador na ONU mostrou-se preocupado em trabalhar durante a Conferência, principalmente com os países pobres, já que a Rio+20 tem dois temas centrais: "A economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza"; e "A estrutura institucional para o desenvolvimento sustentável".
“Viemos mostrar especialmente aqueles que não têm voz, especialmente o povo dos países pobres. Defendemos a humanidade e as pessoas que têm a vida violentada pelo mundo. Temos que ter essa preocupação para a vida humana ser preservada”, acrescentou Dom Chullikatt à WebTV Redentor, um veículo de evangelização da arquidiocese do Rio de Janeiro.
A entrevista completa de Dom Chullikatt à WebTV Redentor pode ser vista em: http://www.redentor.tv.br/media/delegacao-da-santa-se-para-rio20