ROMA, 9 de mar de 2005 às 15:18
O Presidente da Conferência Episcopal Italiana, Cardeal Camillo Ruini, está promovendo a criação de um comitê cívico que alente à opinião pública italiana a abster-se no próximo referendum sobre uma lei que poderia liberalizar a fecundação assistida.
O referendum necessita a participação de 50% dos votantes italianos, para que se convalide seu resultado. De vencer o “sim”, mudaria uma lei sobre a fecundação artificial, aprovada pelo Governo italiano em fevereiro de 2004 e considerada a mais estrita de Europa, que segundo o Cardeal tem "o mérito de proteger os princípios e critérios essenciais sobre a dignidade da pessoa".
A Corte Constitucional aceitou no dia 13 de janeiro a organização de quatro referenduns sobre alguns pontos da lei que proíbe a fecundação por uma pessoa alheia ao casal, prevê a criação de no máximo três embriões para cada mulher e que os três deverão ser implantados obrigatoriamente, assim como não permite análise dos embriões antes de sua implantação.
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Segundo o Cardeal Ruini, o Comitê “Ciência e Vida” tem o objetivo de “impedir que se piore a lei sobre a procriação assistida no caso de que o referendum seja positivo”.
Do mesmo modo, antecipou que os bispos se preparem para confrontar o referendum concentrando-se sobre a formação das consciências “sobre a dignidade da vida humana desde seu início, a tutela das famílias e o direito dos filhos de conhecer seus próprios pais”.
Neste Comitê participam os movimentos Ação Católica, Comunhão e Liberação, Opus Dei e Comunidade de São Egidio, entre outros, e todos os meios de comunicação católicos como Avvenire, L'Osservatore Romano, o canal de televisão Sat 2000, a Rádio Vaticano, e várias revistas religiosas.