FORTALEZA, 9 de mar de 2005 às 15:33
A Associação caritativa Cáritas teve oficializada sua presença na Diocese de Crateús, a 340 km de Fortaleza, com a aprovação de seus estatutos pelo bispo diocesano Jacinto Furtado Brito. A oficialização da entidade social, com atuação nas áreas urbana e rural é um sinal de esperança para comunidades e grupos locais. A Cáritas de Crateús está sediada na Cúria Diocesana.
A Assembléia de fundação, realizada no dia 7 no Centro de Treinamento da Diocese, contou com a participação de 55 pessoas, entre elas representantes das 10 comunidades acompanhadas pelo Programa de Convivência com o Semi-árido (PCSA) e onze paróquias da Diocese de Crateús.
Dom Jacinto Furtado Brito lembrou aos presentes que a missão de Cáritas é muito mais ampla do que a de uma ONG ou um sindicato, "porque envolve a dimensão da espiritualidade, o testemunho do amor e o serviço da Caridade, destacando o sentido da palavra Cáritas".
Segundo Dom Jacinto, a "Cáritas como organismo da Igreja Católica que anima, que une as forças para vida cristã se solidariza com todos os homens e mulheres de boa vontade na construção de vida, de um mundo melhor no campo e nas periferias das cidades. Tal qual semeadores da parábola de Matheus".
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O pároco de Poranga, Xavier de Guibert, área Norte da Diocese de Crateús, vê com esperança a a presença da Cáritas na Diocese como a possibilidade de organização, sistematização da opção pelos pobres feita pela Igreja. De Guibert afirma que a eficácia da ação da Cáritas acontecerá, de fato, se esta estiver próxima às famílias e partilhando as decisões com as paróquias e movimentos pastorais.
"Como as ações sociais desenvolvidas na Diocese ainda são poucas, a chegada da Cáritas vai fortalecer o desenvolvimento dos projetos e consequentemente a melhoria das comunidades", diz João Paulo Mota, da Pastoral da Juventude de Sucesso, área Centro. Também expressou seu entusiasmo o presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Quiterianópolis e integrante da coordenação do Fórum Microrregional de Convivência com o Semi-árido, Antônio Neto Lacerda. "A presença da Cáritas possibilitará a melhoria do nível de consciência do povo, ampliação das alternativas de convivência com o semi-árido e a capacitação em algumas áreas de trabalho".
Durante a Assembléia foram apresentados 35 pedidos de filiação à entidade entre associações e pastorais locais.