ROMA, 23 de jun de 2012 às 15:16
Nesta sexta-feira o Vaticano lançou um chamado à comunidade internacional para que seja permitido o acesso "universal e gratuito" aos tratamentos contra a AIDS.
Assim indicou o secretário de estado do Vaticano, Cardeal Tarcisio Bertone, durante a inauguração da 8ª Conferência Internacional sobre a AIDS que se celebra sob o lema "Vivam as mães, vivam as crianças”.
O Cardeal Bertone exortou, em nome do Papa Bento XVI, a "não perder tempo e investir todos os recursos necessários", já que, conforme indicou, "os estudos e previsões da Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmam que o acesso universal às curas é acessível, cientificamente provado e economicamente factível". "Não é uma utopia, isto é possível", remarcou.
Do mesmo modo, recordou a "fraqueza econômica" da maior parte da população africana e das mulheres, o que torna mais necessário "um acesso gratuito" aos tratamentos pois, conforme destacou, a mortalidade materna na África "está ligada, em uma alta percentagem, à AIDS".
Neste sentido, assinalou que a Igreja, presente nos países onde esta enfermidade se manifesta, "está muito preocupada com este grande drama da época" e exortou a "fazer mais" porque "quanto mais avança a infecção entre as mulheres, que são o pilar da família e da comunidade, mais aumenta o perigo de desmoronamento social em não poucos países".
O Cardeal recordou que na atualidade 30 por cento dos centros de tratamento da AIDS em todo o mundo são católicos e que as ações concretas da Igreja neste campo abrangem a promoção de campanhas de sensibilização, programas de prevenção e educação sanitária, ajuda aos órfãos, distribuição de remédios e mantimentos, ajuda a domicílio, hospitais, comunidades terapêuticas para a cura e a assistência dos doentes de AIDS, a colaboração com os governos, cuidados nas prisões e cursos de catequese, entre outros.