VATICANO, 10 de jul de 2012 às 16:20
O Vaticano rechaçou a ilícita ordenação episcopal do sacerdote Joseph Yue Fusheng, ocorrida na sexta-feira 6 de julho em Harbin, província de Heilongjang na China. Em um comunicado a Santa Sé explica que devido a este ato realizado sem mandato do Papa, o sacerdote incorreu em excomunhão.
"A Santa Sé não reconhece o Rev. Yue Fusheng como bispo da Administração Apostólica de Harbin e ele está desprovido da autoridade de governar os sacerdotes e a comunidade católica na província de Heilongjiang", indica a nota.
O sacerdote, segundo indica a nota da Santa Sé, "fora de há muito informado que não poderia ser aprovado pela Santa Sé como candidato episcopal, e reiteradas vezes lhe fora solicitado que não aceitasse a ordenação episcopal sem o mandato pontifício".
Além disso, segundo recorda a Radio Vaticano em seu boletim em português, a nota oficial recorda ainda que também "os bispos, que participaram da ordenação episcopal ilegítima e se expuseram às sanções previstas pela lei da Igreja, devem referir à Santa Sé acerca de sua participação na cerimônia religiosa".
Por outro lado, expressa apreço por "aqueles sacerdotes, aquelas pessoas consagradas e aqueles fiéis leigos que rezaram e jejuaram pela desistência do Rev. Yue Fusheng, pela santidade dos bispos e pela unidade da Igreja na China".
O comunica convida "todos os católicos na China, Pastores, sacerdotes, pessoas consagradas e fiéis leigos" a "defenderem e a salvaguardar aquilo que pertence à doutrina e à tradição da Igreja", para que "mesmo nas presentes dificuldades eles olhem com confiança para o futuro, confortados pela certeza de que a Igreja é fundada na rocha de Pedro e de seus Sucessores".
Ademais, confiando "no efetivo desejo das autoridades governamentais chinesas de dialogar com a Santa Sé – prossegue a nota –, a Sé Apostólica faz votos de que as autoridades chinesas não favoreçam gestos contrários a tal diálogo".
E "também os Católicos chineses esperam passos concretos no mesmo sentido, em primeiro lugar, evitando as celebrações ilegítimas e as ordenações episcopais sem mandato pontifício, que criam divisão e trazem sofrimento para as comunidades católicas na China e na Igreja universal".
Por fim, a nota da Santa Sé indica como "motivo de apreço e de encorajamento" a ordenação do Rev. Tadeu Ma Daqin como bispo auxiliar da Diocese de Xangai, celebrada no último sábado, 7 de julho. Todavia, "a presença de um bispo que não se encontra em comunhão com o Santo Padre" é definida como "inoportuna", e é uma demonstração de "falta de sensibilidade para com uma ordenação episcopal legítima".
Segundo recorda também a Radio Vaticano, a nota desta terça-feira, 10 de julho, segue à do último dia 3, assinada pela Congregação para a Evangelização dos Povos, na qual já se condenava a prevista ordenação do Rev. Fue Fusheng, "programada de modo unilateral" e destinada a produzir "divisões, dilacerações e tensões na comunidade católica na China".