ROMA, 19 de jul de 2012 às 17:22
Através do seu vigário patriarcal, Dom William Shomali, o Patriarcado Latino (Católico) de Jerusalém classificou hoje como “trágico e abominável” o atentado contra turistas israelitas no aeroporto de Burgas, Bulgária, que nesta quarta-feira provocou sete mortes. O atentado foi perpetrado por um suicida, anunciou hoje o ministro búlgaro do Interior, Tsvetan Tsvetanov à imprensa.
Por sua parte, Dom Shomali, vigário patriarcal de Jerusalém, disse à agência italiana SIR que “não se pode matar em nome de Deus ou em nome de uma ideologia”.
“É inaceitável”, acrescentou o bispo em declarações reunidas pela Rádio Vaticano
O atentado foi condenado pela ONU e por presidentes de diversas nações como Estados Unidos, França e Portugal.
"Com esse ataque infame – afirmou Dom Shomali – se acrescenta sofrimento ao povo judeu, já duramente marcado pelo Holocausto”.
“Não podemos ficar inermes, condenamos firmemente esse bárbaro ataque. Se há um conflito – acrescentou o prelado –, este deve ser resolvido por via da negociação, e não com vinganças e genocídios. Somos contrários a toda forma de violência", disse.
Dom Shomali expressou sua preocupação com a exasperação da violência e da tensão no Oriente Médio, em particular, na vizinha Síria, país duplamente ligado ao Líbano, aonde o Papa irá em visita daqui a menos de dois meses, afirma a nota da Rádio Vaticano do seu boletim em português deste 19 de julho.
"Muitos defendem que a situação na Síria deverá desbloquear-se em breve tempo e que se terá um vencedor, mas não dizem que já há um derrotado, o povo, que teve muitas vítimas, a economia destruída, e o seu tecido social dilacerado por divisões étnicas e religiosas", afirmou o prelado nas declarações reunidas pela RV.