MADRI, 10 de mar de 2005 às 13:20
O reconhecido analista católico do jornal A Razão, Álex Rosal, comentou a recente eleição do Bispo de Bilbao, Dom Ricardo Blázquez Pérez, como novo presidente da Conferência Episcopal Espanhola (CEE), não achando que o Prelado possa ser etiquetado como “de esquerda ou de direita”.
Em um artigo titulado “Um homem bom”, aparecido essa quarta-feira no suplemento semanal “Fé e Razão” do jornal espanhol, Roseira destacou a ampla coincidência que existe em descrever ao Dom. Blázquez “como um homem bom” a quem “ninguém lhe discute sua autoridade em teologia, nem sua profunda espiritualidade”.
“Seria de doidos etiquetá-lo de esquerdas ou de direitas. Esses estigmas mundanos não servem para qualificar ao Blázquez”, afirmou o responsável pelo semanário.
Para o analista, “possivelmente sua timidez e sua vontade de não ofender aos que lhe rodeiam lhe tenham podido jogar uma má passada na hora de governar sua diocese ou de assinar cartas coletivas com seus irmãos bispos do País Vasco. Embora ninguém discute sua retidão moral”.
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Ao referir-se a sua nomeação como Bispo de Bilbao em 1995, o jornalista destacou que Dom Blázquez “sabia da grande cruz que lhe esperava nas Vascongadas”. “Em pleno território dos comanches, uns dias os índios do lugar lhe disparavam afiadas flechas verbais, para ao dia seguinte receber os disparos de declarações do Sétimo de Cavalaria”, referiu.
O analista destacou que “desde que chegou a essas terras de missão, áridas para o Evangelho e com uma Igreja seqüestrada pela política nacionalista”, o Prelado tinha comentado em certa ocasião não querer que suas “declarações como bispo de Bilbao possam empurrar a meus diocesanos a afastar-se de Deus e da Igreja”.
“Meu Deus!, se outros prelados vascos tivessem seguido este singelo plano pastoral, quantas dores de cabeça nos tivéssemos economizado todos!”, concluiu Rosal.