A médica porta-voz do Direito a Viver, Gádor Joya, pediu nesta quinta-feira ao ministro da Justiça, Alberto Ruiz-Gallardón, que "siga a lógica até o final" para abolir "completamente" o aborto, toda vez que contempla eliminar o aborto eugênico.

Num comunicado no dia 26 de julho, Joya assegura que sua associação compartilha "os fundamentos e a lógica" da proposta "impecável" do ministro, embora esta abolição parcial, a seu entender, leva "também, indevidamente, à abolição completa" do aborto.

"O aborto eugênico é um suposto de discriminação contra seres humanos descapacitados. Proteger seu direito à vida é um princípio ético e jurídico elementar que, não obstante, segue sendo vulnerado em muitos países. Entretanto, o argumento da não discriminação, implica que terá que proteger toda vida humana, não só a das pessoas descapacitadas", ressaltou Joya.

Assim, assegurou que o aborto eugênico será "o princípio do fim" do aborto na Espanha. "Se cair esta aberração, cairão todas, porque o aborto é sempre um ato cruel, violento e discriminatório contra toda vida humana", assinalou.

Neste sentido, reiterou que o anúncio do ministro deixou "nervosos aos promotores" do aborto, posto que "sabem que o aborto eugênico é o mostruário mais transparente da vergonha" que representa esta atividade.Por isso, insistiu ao ministro a "não ficar aqui".

"O primeiro é que passe das musas ao teatro, que o faça já, agora, e não em setembro e em segundo lugar, é preciso que a reforma vá além da supressão do aborto eugênico e da obrigação das menores de informar a seus pais antes de abortar", concluiu.

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