MADRI, 9 de ago de 2012 às 16:23
Os 12 jovens que conformam a caravana do Crossroads na Espanha, e que peregrinam a pé de Barcelona até Santiago de Compostela em defesa do direito à vida desde a concepção, denunciaram ter sofrido ataques no seu percurso, entretanto asseguraram que isso não os desanimam, mas sim os alentam a continuar "ainda com mais força".
Os jovens, que promovem o direito à vida nas localidades por onde passam no seu peregrinar, e recolhem assinaturas para a reforma da lei do aborto na Espanha, lamentaram que durante a sua travessia encontraram "muitos obstáculos", de quem promove o aborto.
Em declarações para La Gaceta, o porta-voz do Crossroads Espanha, Pablo Santana, assinalou que sofreram a primeira agressão em Barcelona.
"Na caravana levamos um cartaz que diz: Quantos abortos mais ou menos você acha que há na Espanha? O aborto é a morte cruel e violenta de um ser humano e nos pintaram isso e manipularam de tal forma que o que podia ler-se depois era ‘o aborto é humano’".
Nessa cidade também jogaram neles "ovos cheios de tinta contra os vidros" do seu veículo.
Santana assinalou que os jovens sofreram uma nova agressão no dia: 04 de agosto, enquanto rezavam no Santuário Nacional da Grande Promessa, em Valladolid. No exterior, um grupo de pessoas os insultou ferozmente.
Na localidade de Tordesillas, também na província de Valladolid, os jovens sofreram o abuso das autoridades municipais locais, que mandaram a polícia para retirá-los quando estavam repartindo folhetos nas ruas, argumentando que não tinham permissão.
Pablo Santana explicou que ao chegar à localidade tentaram conversar com as autoridades municipais, mas que lhes responderam que "estavam todos muito ocupados, mas depois nos encontramos com a substituta do prefeito lanchando na praça".
Crossroads Espanha começou a sua peregrinação em Barcelona, e já atravessou as importantes localidades de Valência, Córdoba, Madri e Valladolid, e espera chegar a Santiago de Compostela no dia 19 de agosto.
Até o momento reuniu mais de 40,000 assinaturas que apoiam que a reforma da atual Lei do Aborto aponte a um "Aborto Zero" no país