DENVER, 10 de ago de 2012 às 11:20
O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, reafirmou seu apoio ao mandato abortista que exige que as instituições católicas adquiram planos de saúde que cubram anticoncepcionais, esterilização e pílulas abortivas; e que enfrenta atualmente mais de 50 julgamentos em todo o país.
Ontem em uma visita à cidade de Denver como parte de sua campanha para a reeleição, o mandatário também criticou o seu rival republicano Mitt Romney por favorecer uma legislação que em sua opinião "faria que qualquer empregador negasse a cobertura de anticoncepcionais a seus empregados".
Obama disse que "não acho que seu chefe deve controlar o cuidado da saúde que você recebe. Também não acho que as companhias de seguro devam fazer isso. Não acho que os políticos devem controlar o cuidado da sua saúde".
O mandato do Departamento de Saúde e Serviços Humanos –liderado por Kathleen Sebelius, católica a quem seu Bispo negou dar-lhe a Eucaristia por apoiar publicamente o aborto– exige que os empregadores comprem planos de saúde que são anti-vida. Para muitos, isto já entrou em vigor no dia 1 de agosto deste ano, enquanto que para outras instituições religiosas regerá desde agosto de 2013.
Matt Bowman, advogado da Alliance Defending Freedom (ADF), rechaçou as expressões do mandatário e explicou que "as únicas ações ‘controladoras’ neste caso envolvem a ordem do presidente para que as famílias abandonem a sua fé só porque querem ganhar a vida ou servir à comunidade".
Em declarações ao grupo ACI no dia 8 de agosto, Bowman disse que "o governo está escolhendo qual é a fé que deve reger e quem pode vivê-la, e logo está atacando às pessoas religiosas com multas gigantes enquanto que os burocratas excetuam a milhões de outras pessoas por razões políticas".
A ADF representa à empresa com sede no Colorado, Hercules Industries, que entrou com um processo na justiça contra a administração de Obama e ganhou, temporariamente, seu direito a não adquirir os planos abortistas para seus empregados.
O mandato abortista também tem feito que milhares de pessoas de diferentes credos protestem em todo o país, especialmente em defesa da liberdade religiosa. Os Bispos dos Estados Unidos têm um papel fundamental nesta tarefa.
O Arcebispo de Galveston-Houston, Cardeal Daniel DiNardo, que exerce o cargo de Presidente do Comitê de Atividades pró-vida do Episcopado, renovou seu chamado pela defesa da objeção de consciência em uma carta ao Congresso no último dia 3 de agosto.
"A fundamental importância da liberdade religiosa em perigo exige uma resposta a tempo do congresso. Através do seu mandato, a administração está promovendo uma aproximação à liberdade religiosa que é reticente e arbitrária como nunca se tinha visto antes na lei federal", destacou o Cardeal.