MADRI, 11 de mar de 2005 às 11:30
A Confederação Nacional de Pais de Família e Pais de alunos (CONCAPA) e organizações sindicais, patronais e de estudantes, apresentaram essa quinta-feira no registro do Congresso mais de 3 milhões de assinaturas a favor de que a disciplina de Religião seja avaliável e computável a todos os efeitos.
Os responsáveis pela campanha tiveram que registrar as assinaturas, dirigidas ao presidente do Governo, José Luis Rodríguez Zapatero, na Câmara Baixa porque não pôde recebê-los por estar “muito ocupado", disse à saída de La Moncloa a presidenta da Confederação Espanhola de Centros de Ensino, Isabel Bazo.
"Não houve entrega, o presidente está muito ocupado" e "só recebe aos que dizem 'sim, buana’", declarou Bazo após ser atendidos pelo chefe do gabinete do presidente, José Enrique Serrano, e a assessora de Educação, María Fé Santiago. Fontes da casa de governo explicaram que o chefe do Executivo assistia à cume sobre terrorismo que se celebra em Madri.
Por sua parte, o presidente da Confederação, Luis Carbonel qualificou de "muito decepcionante" e de "desprezo" que Rodríguez Sapateiro "não tenha a sensibilidade nem a coragem" de receber a esta "maioria de cidadãos", já que 80 por cento de pais matricula aos filhos na disciplina de Religião e "não podem ter menos direitos que a minoria".
"Isto não é somente um tema de classes de religião sim ou não, é um tema de liberdade, o que queremos é que se cumpra a Constituição, o que estamos pedindo é o direito dos pais a exigir que os filhos se eduquem segundo nossos critérios e não com os do governo de turno, for o que for", declarou Carbonel.
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O presidente da CONCAPA declarou haver-se dirigido aos porta-vozes de todos os grupos parlamentários para que se somem à campanha, pois na Confederação há "distintas sensibilidades políticas".
Três milhões: muito pouco?
De outro lado, em diversos meios causaram desconcerto as declarações do porta-voz da Plataforma Cidadã pela Sociedade Leiga, Victorino Maioral, quem considerou que as mais de três milhões de assinaturas apresentadas pela CONCAPA e outros coletivos pareciam ser “muito poucas”.
"Três milhões de assinaturas me parecem muito poucas” disse Maioral, deputado do Grupo Socialista. “Acreditava que foram conseguir o triplo, sobre tudo se se fala do seguimento maciço que se considera tem a religião católica na Espanha".