A calúnia de blasfêmia lançada semanas atrás contra a menina cristã Rimsha Masih teve como motivação afugentar os cristãos do subúrbio de Mehrabadi (Paquistão), para que fosse tomado por traficantes de terrenos, informaram fontes da agência vaticana Fides.

A menina de 11 anos permanece na prisão desde meados de agosto, logo de ser acusada de blasfêmia por supostamente ter queimado folhas com textos do Corão recolhidas do lixo. Entretanto, dias depois revelou-se que foi o imã Khalid Jadoon quem introduziu as folhas na bolsa da menina. Isto foi denunciado pelo vice imã da mesquita, Hafiz Zubair e duas novas testemunhas.

Sobre os traficantes de terrenos, as fontes da agência Fides indicaram que o objetivo era expulsar os cristãos de Mehrabadi por motivos econômicos, "já que o valor das casas dessa zona de Islamabad, aumentou". Como se recorda, logo depois de que Rimsha foi presa, centenas de cristãos fugiram da zona por temor a serem atacados pelos grupos radicais islâmicos.

Estas famílias já foram anteriormente expulsas da localidade de Gojra em 2009, onde seus lares foram incendiados por fundamentalistas muçulmanos logo depois de outro suposto caso de blasfêmia. Shahbaz Bhatti, então ministro das Minorias, que foi cruelmente assassinado por fundamentalistas islâmicos, foi quem conseguiu alojamentos para os deslocados deste episódio na periferia da capital, indicou Fides.

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