VATICANO, 6 de set de 2012 às 08:14
O Papa Bento XVI insistiu aos leigos da África a receber e difundir com forças renovadas a mensagem de alegria e esperança de Cristo, que é capaz de purificar e fortalecer os grandes valores de sua cultura.
Em uma mensagem dada a conhecer ontem e enviada ao Cardeal Stanislaw Rylko, Presidente do Pontifício Conselho para os Leigos, em ocasião do Congresso dos Leigos Católicos da África que está sendo realizado desde o dia 4 até 9 de setembro, o Santo Padre recordou também que a África está chamada a ser "o continente da esperança".
No texto dirigido aos participantes do evento que se realiza em Yaoundé, Camarões, sob o lema "Testemunhas de Jesus Cristo na África hoje. Sal da terra... luz do mundo", Bento XVI exorta a nunca deixar "que a sombria mentalidade relativista e niilista que afeta a várias partes do mundo, abra uma brecha na realidade de vocês".
"Recebam e difundam com forças renovadas a mensagem de alegria e esperança de Cristo; uma mensagem capaz de purificar e fortalecer os grandes valores da sua cultura. Fazer da África o 'Continente da Esperança' é um compromisso que deve orientar a missão dos fiéis leigos africanos de nossa época", respira.
O Santo Padre afirma que a esperança "indica o horizonte luminoso que se abre ante os olhos da fé", não obstante os numerosos problemas espirituais e materiais do continente e da mesma Igreja na África.
"Inclusive os valores tradicionais mais valiosos da cultura africana hoje se veem ameaçados pelo secularismo, que causa desorientação, rupturas na malha social e pessoal, exasperação do tribalismo, violência, corrupção na vida pública, humilhação e exploração das mulheres e crianças, crescimento da miséria e da fome. A isto se acrescenta a sombra do terrorismo fundamentalista que recentemente tem como alvo às comunidades cristãs de alguns países africanos".
Apesar disso, os povos do continente contam com "uma grande quantidade de recursos espirituais, preciosos em nossa época: o amor à vida e à família, a alegria e o gosto por compartilhar, o entusiasmo de viver a fé no Senhor".
A missão encomendada aos católicos da África, prossegue o Papa, "surge da fé, dom de Deus, que deve ser recebido, nutrido e aprofundado porque 'não podemos aceitar que o sal se torne insípido, e a luz se mantenha oculta'".
"Nesta obra de transformação de toda a sociedade, hoje tão urgente para a África, os leigos têm um papel insubstituível. Mulheres e homens, jovens, idosos e crianças, famílias e sociedades".
Para concluir, Bento XVI afirma que "toda a África espera aos 'embaixadores' da Boa Nova: fiéis leigos das paróquias, dos movimentos eclesiais e das novas comunidades, apaixonados por Cristo e pela Igreja, cheios de alegria e gratidão pelo batismo que receberam, valentes construtores da paz e arautos da esperança autêntica".