ROMA, 12 de set de 2012 às 10:45
O Festival de Cinema de Veneza premiou o filme controvertido "Paradise: Faith" (Paraíso: Fé) que mostra uma esposa católica masturbando-se com um crucifixo.
No sábado, 8 de setembro os organizadores decidiram premiar o filme do austríaco Ulrich Seidl, no qual também se vê uma mulher flagelando-se e seu marido mulçumano tirando os símbolos religiosos da própria casa com a sua bengala.
O filme é parte de uma trilogia que será distribuída nos Estados Unidos pela empresa Strand Releasing que planeja projetá-lo nas salas de cinema no início do próximo ano.
Sobre o prêmio e o filme, o presidente da Liga Católica nos Estados Unidos, Bill Donohue, assinalou que "uma das marcas dos enganadores culturais é a propensão a insultar aos cristãos, especialmente aos católicos, e depois declarar que sua ofensa é criativa".
"Se alguém quer saber por que o filme ‘Paradise: Faith’ ganhou um prêmio de um jurado especial, permitam-me poupá-los a necessidade de ler sobre isso: ganhou porque mostra a uma devota católica masturbando-se com um crucifixo".
O filme começa com a mulher, Anna Maria, interpretada por Maria Hofstaetter, chorando com o torso nu ante um crucifixo. Ela vai andando de joelhos pela casa rezando o terço. Costuma também ir de porta em porta levando uma imagem de 60 centímetros da Virgem Maria com a qual converte as pessoas.
Hofstaetter, como o diretor, Ulrich Seidl, foi criada como católica. Admite que "quando era jovem me rebelei contra a autoridade da Igreja Católica". Entretanto, assinala Donohue, ela afirma que tem "profundos valores cristãos".
Bill Donohue critica que dizem ter valores cristãos "aqueles que, evidentemente, permitem masturbar-se com um crucifixo".
Donohue cita o que disse Seidl quando assinala que "durante séculos o catolicismo suprimiu a sexualidade e, é obvio, isto gerou um movimento contrário".
Isto explica, prossegue Donohue "a razão pela qual ele (Seidl) pode dizer que ‘é correto mostrar a mulher masturbando-se usando uma cruz, como se estivesse fazendo um ato de amor a Jesus. Só porque é um tabu não quer dizer que não se possa mostrar`".
"Mas quanto valor é preciso para insultar aos católicos?", questiona o líder da Liga Católica.
"De qualquer modo, Seidl é um mentiroso. No seu país, Áustria, prendem os que negam o Holocausto. Não aprovamos isso, mas um verdadeiro quebrantador de tabus também romperia este. Entretanto, não esperem que Seidl o faça: os enganadores culturais não têm coragem para romper tabus que não sejam seguros", conclui o presidente da Liga Católica.