LOS ANGELES, 8 de out de 2012 às 08:30
Diversos grupos pró-família e defensores dos direitos dos pais qualificaram como desrespeitosa aos direitos dos pais uma nova lei do estado da Califórnia (Estados Unidos), que proíbe a terapia para menores que lutam contra a atração pelo mesmo sexo.
Em declarações ao grupo ACI em 2 de outubro, o diretor da Conferência Católica da Califórnia, Ned Dolejsi, disse que "os pais têm as melhores intenções para seus filhos, e se eles determinarem que alguns tipos particulares de terapias de intervenção são necessárias, esse é certamente seu direito e a lei não respeita isso".
Ted Lieu quem promoveu a lei com o apoio do lobby gay, disse precisamente que "o ataque contra os direitos dos pais é exatamente todo o ponto da lei, porque não queremos deixar que os pais firam os seus filhos".
Entretanto, Dolejsi assinalou que "o fato de que o poder legislativo intervenha e assuma que precisa proteger aos jovens dos seus pais ou terapeutas é, em minha opinião, arrogante e presunçoso".
O projeto de lei foi aprovado pelo governador Jerry Brown, no último dia 29 de setembro, e entrará em vigência a partir do dia 1 de janeiro de 2013.
A lei está redigida em termos gerais, e proíbe qualquer terapia "para mudar comportamentos ou expressões de gênero, ou para eliminar ou reduzir a atração sexual ou romântica ou sentimentos para com as pessoas do mesmo sexo" entre os menores de idade.
Por sua parte, Bill Mai, presidente de Católicos pelo Bem Comum, expressou sua preocupação pelos efeitos da lei no bem-estar dos jovens, pois "esta lei não só viola os direitos dos pais, mas também os direitos dos filhos em conhecer a verdade do verdadeiro amor, a verdadeira amizade, o matrimônio, e o saudável uso da sexualidade humana".
A Associação Americana de Psicologia (APA por suas siglas em inglês) considerava à homossexualidade como uma enfermidade mental até 1973. O Dr. Nicholas Cummings, antigo presidente da APA, disse este ano em uma entrevista que o "lobby gay capturou a organização, fazendo-a menos científica e mais política".