FORTALEZA, 12 de nov de 2012 às 14:44
Em nota divulgada pelo jornal Diário do Nordeste, aparecida também no boletim do MDV (Movimento em Defesa da Vida), a capital cearense foi o palco da Marcha pela Vida contra o Aborto, campanha organizada pelo Movimento em Favor da Vida (Movida), que reuniu no domingo, 11/11, famílias e muitos jovens, em um protesto pacífico contra a legalização do aborto no Brasil. Segundo a Polícia Militar, cerca de cinco mil pessoas estiveram no evento que contou também com a presença da cantora pró-vida Elba Ramalho.
Segundo assinala o Diário do Nordeste , “a manifestação mobilizou a população cearense contra a proposta de legalização da prática do aborto que se encontra em discussão no Senado Federal desde julho deste ano”.
A cantora Elba Ramalho, que está na Capital cearense desde a última sexta-feira para promover o evento, também marcou presença na caminhada que começou na Praia de Iracema e seguiu pela Beira-Mar. A artista comemorou a participação dos fortalezenses e ratificou sua posição contra o aborto, enfatizando a necessidade de maior conscientização da sociedade.
"As pessoas precisam ter mais bom senso. Nós estamos vivendo uma cultura que dissemina o aborto como se fosse uma escolha apenas da mulher. Precisamos disseminar a cultura da vida", afirmou a cantora ao diário.
Segundo Luís Eduardo Girão, coordenador da ONG Estação da Luz e membro do Movida, Fortaleza tem importância fundamental para a campanha, pois é onde reside o senador Eunício Oliveira, presidente da Comissão de Constituição e Justiça que analisa a proposta.
Vale explicitar que a legalização do aborto é proposta pelo anteprojeto de novo Código Penal nos seguintes termos:
«Não será criminalizado o aborto durante os três primeiros meses de gestação sempre que um médico constatar que a mulher não apresenta condições psicológicas de arcar com a maternidade».
Segundo grupos pró-vida brasileiros, na prática, se a proposta for aprovada, legalizaria completamente o aborto nos primeiros três meses da gestação.
O texto da reforma, aprovaria o aborto também no caso de que, após uma avaliação médica, a mulher não apresente condições psicológicas para assumir a maternidade.
Uma recente pesquisa da Agência Senado indicou que 82% da população brasileira rechaça a ampliação da despenalização do aborto proposta pelo atual texto do anteprojeto da reforma do Código Penal.