Os membros da Partido Popular (PP) no Congresso apresentaram uma proposição não de Lei que pede ao Governo comemorar os 100 anos do nascimento do Cardeal Vicente Enrique y Tarancón, Arcebispo Emértiro de Madri e presidente da Conferência Episcopal Espanhola (CEE) entre 1971 e 1981, que teve um papel destacado na transição do regime ditatorial à democracia.

A iniciativa ressalta que o Cardeal Enrique y Tarancón teve uma ativa participação nas sessões do Concílio Vaticano II e foi "um decidido impulsor de sua aplicação, propiciando a independência da igreja diante do poder político".

Em sua solicitude, o PP pede ao Governo a realização de um programa de comemoração do centenário do Cardeal valenciano, em colaboração com a Generalitat de Valência e a CEE. Do mesmo modo, pediu que se contemple a possibilidade de emitir um selo comemorativo.

O Cardeal Enrique e Tarancón nasceu na Burriana (Castellón) em 14 de maio de 1907. Depois de estudar no Pontifício Seminário de Valência, foi ordenado sacerdote em 1929. Desenvolveu sua atividade pastoral no Vinaròs, Villareal e Madri com um grupo de sacerdotes interessados em impulsionar a Ação Católica.

Depois de ter se desempenhado como Bispo da Solsona (1946), foi promovido à sede metropolitana de Oviedo (1964). Posteriormente, em 1969, foi nomeado Arcebispo de Toledo e criado Cardeal pelo Papa Paulo VI. Dois anos depois foi designado Arcebispo de Madri-Alcalá. Desde 1971 e até 1981 se desempenhou como presidente da Conferência Episcopal.

Esse mesmo ano foi eleito acadêmico da Real Academia Espanhola da Língua. Autor de numerosos textos doutrinais e pastorais que analisavam diversidade de situações da época desde a ótica da doutrina da Igreja, faleceu em Valência em 28 de novembro de 1994.

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