A Santa Sé expressou sua satisfação pela decisão que tomou a Assembléia Geral das Nações Unidas de converter a Palestina em um Estado observador não membro da ONU e renovou seu chamado para obter a paz no Oriente Médio.

"A votação de hoje demonstra os sentimentos da maioria da comunidade internacional e reconhece uma presença mais significativa dos palestinos nas Nações Unidas", expressou o Vaticano em comunicado de 29 de novembro.

Ao mesmo tempo esclareceu que este resultado não constitui por si mesmo "uma solução suficiente dos problemas existentes na região", aos quais se deve responder "apenas mediante o compromisso efetivo de construir a paz e a estabilidade na justiça e no respeito das legítimas aspirações tanto de israelenses como de palestinos".

Nesse sentido, a Santa Sé disse que a decisão que tomou ontem a ONU deve emoldurar-se nas tentativas para aplicar a Resolução 181 de 29 de novembro de 1947 que "coloca as bases jurídicas para a existência de dois Estados, um dos quais não foi constituído nos sucessivos sessenta e cinco anos, enquanto que o outro já viu a luz".

"A Santa Sé, em várias ocasiões, convidou os responsáveis pelos dois povos, a reatarem as negociações de boa fé e a evitar ações ou colocar condições que contradigam as declarações de boa vontade e a sincera busca de soluções que se convertam no fundamento seguro para uma paz duradoura", recordou.

Logo depois de estender este chamado à comunidade internacional, a Santa Sé recordou a posição comum que expressou junto à Organização para a Liberação da Palestina (OLP) no dia 15 de fevereiro de 2000 em seu "Acordo Básico".

Esse acordo está encaminhado "a sustentar a aprovação de um estatuto especial internacionalmente garantido para a cidade de Jerusalém, com o propósito, em particular, de preservar a liberdade de religião e de consciência, a identidade e o caráter de Jerusalém como Cidade Santa, e o respeito e o acesso aos Santos Lugares situados nela".

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