MEXICO D.F., 16 de mar de 2005 às 00:45
O diretor da Comissão da Pastoral da Saúde do Arcebispado do México, Padre Jorge Palencia, declarou que “a Igreja não está contra o avanço da ciência mas sim a promove, sempre e quando estiver regida por princípios bioéticos”, no marco da celebração do décimo aniversário da encíclica Evangelium Vitae, adiantada para que não coincida com a celebração da Sexta-feira Santa.
Durante a Jornada da Sacralidade da Vida Humana, o sacerdote lembrou que a ciência deve proteger a vida e expressou sua satisfação porque as Nações Unidas decidiram proibir todo tipo de clonação humana. Entretanto, assinalou que “isto deve ser secundado por todos os países”.
“O progresso científico e a investigação devem ajudar a melhorar as condições de vida do ser humano; nunca poderão instrumentaliza-lo”, indicou. Esclareceu que os recursos públicos destinados à investigação devem respeitar “a inviolável dignidade de toda pessoa”, como é o caso do embrião, que sempre será defendido pela Igreja.
Refirindo-se ao âmbito local, o presbítero indicou que nos últimos anos os movimentos anti-vida, anti-família, os grandes consórcios farmacêuticos e os organismos internacionais de controle demográfico, encontraram em cidade do México “o lugar propício para realizar campanhas que vão em contra do Evangelho”.
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Referiu que isto se deve à lentidão das mudanças políticas e sociais que levaram o país à democracia, que foram também “dolorosos e com poucos resultados”.
Indicou que as cifras que mostram um elevado número de abortos clandestinos são uma invenção dos grupos abortistas que “agora não se podem comprovar”. Nem a mesma “Secretaria de Saúde tem o dado exato porque não existe tal”.
Por sua parte, Gustavo Rincón da Associação de Médicos Católicos, disse em conferência de imprensa que “todo médico que se aprecie de sê-lo e que cumpra com seus princípios de ética estará em favor da vida desde a concepção”. “Não podemos estudar para destruir a vida”, sentenciou.