Fernando Lugo, ex-presidente do Paraguai e militante da teologia marxista da liberação, reconhecerá um novo filho de 10 anos, concebido enquanto ainda se desempenhava como Bispo de San Pedro.

Segundo informou o jornal paraguaio ABC Color, a mãe do menino, Narcisa de la Cruz, assinalou que, após realizar todos os trâmites regulamentares, só falta que Lugo assine o documento.

“Meu filho estava sem sobrenome e sem nada, e no colégio íamos inscrevê-lo com seu sobrenome. Ele (Lugo) não pediu prova de DNA e diretamente reconheceu de forma pública”, assegurou Narcisa.

Em junho de 2012, o ex-presidente paraguaio já havia anunciado que reconheceria a paternidade do menino, e assinalou que não era necessário realizar uma prova de DNA.

Em 2009, depois de um processo legal, Fernando Lugo teve que reconhecer seu primeiro filho com Viviana Carrillo Cañete, com quem manteve uma relação enquanto ainda era Bispo de San Pedro. O menino nasceu em 2007.

Lugo integrou a congregação dos missionários do Verbo Divino e renunciou em 2005 ao governo da diocese de São Pedro. Pouco depois começou a encabeçar manifestações populares e anunciou sua candidatura às eleições de 2008.

Em 2006 apresentou sua renúncia ao estado clerical, mas o Vaticano pediu que ele respeitasse seu compromisso sacerdotal e não ingressasse na política partidária.

Depois de ganhar as eleições presidenciais no Paraguai, Lugo perdeu o estado clerical, através de um decreto da Congregação para os Bispos, no qual ademais era dispensado "dos votos religiosos feitos na Sociedade do Verbo Divino, da obrigação do celibato e das demais obrigações que o estado clerical comporta”.

Durante uma visita a Lima (Peru) em 2008, Fernando Lugo visitou o “Colégio de Jesus”, conduzido por religiosas dominicanas, e assegurou que ali começou seu estudo sobre a Teologia da Liberação, sob a tutela do sacerdote Gustavo Gutiérrez.

Em junho de 2012, o Senado do Paraguai destituiu o Fernando Lugo do cargo de Presidente da Nação, “por mau desempenho de suas funções”, depois de que um embate entre policiais e camponeses deixasse 17 mortos.

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