PARIS, 24 de jan de 2013 às 12:49
O jovem homossexual de 21 anos, Xavier Bongibault, é um dos líderes da grande coalizão que se formou para defender o autêntico matrimônio formado por um homem e uma mulher e assim opor-se ao projeto do presidente Francois Hollande para legalizar as uniões e a adoção de casais homossexuais.
Bongibault, assinala uma nota do jornal espanhol ABC, "converteu-se em um dos principais personagens do movimento contra as uniões homossexuais "que recentemente congregou a centenas de milhares de franceses em Paris".
Alguns dos organizadores chegaram a calcular perto de 1,3 milhões de pessoas que inundaram a capital francesa pedindo o respeito ao autêntico matrimônio formado por um homem e uma mulher.
Xavier Bongibault é o fundador da associação "Mais gay sem matrimônio" e aparece com frequência ao lado da dirigente do movimento "Manifa para todos" (a réplica do "matrimônio para todos" que propõe o governo socialista), Frigide Barjot.
Em suas declarações ao jornal Le Figaro, Bongibault assinala que "quando ouvi dizer que todos os homossexuais estavam a favor do projeto de lei, tomei a decisão de protestar".
Aos seus 21 anos, o estudante de Direito na Universidade de Paris 13, sublinha que "as crianças devem ser criadas por um pai e uma mãe. Os estudos demonstram que os que são educados por pais do mesmo sexo acabam tendo problemas psicológicos".
O jovem comenta também que é "muito altruísta" para ter um dia uma criança com seu casal homossexual.
"O filho não pode ser o objeto dos nossos delírios pessoais", conclui.
Bongibault participa da grande coalizão francesa que já saiu em duas ocasiões às ruas da França. A primeira, em novembro, reuniu a mais de 250 mil pessoas. E na de alguns dias atrás, em Paris, os mais de um milhão de participantes recordaram ao mundo que "não há nada melhor para uma criança que ter pai e mãe".
Nos milhares de cartazes dos participantes que estavam com camisetas e bolas de cor celeste, rosa e branco, podia-se ler também: "Os pais e as mães viemos às ruas e o matrimônio defendemos", "Todos nascemos de um homem e de uma mulher", "Nem progenitor A, nem progenitor B: Pai e Mãe!".
Estima-se que 200 mil pessoas chegaram a Paris em trem e ônibus desde diversas cidades para participar da marcha. Logo no início da manhã de segunda-feira muitas delas retornaram já a seus lugares de origem.
Um total de 34 instituições, entre associações de família, católicas, protestantes, muçulmanas, jurídicas, infantis, e inclusive algumas organizações de homossexuais convocaram à marcha que superou todas as expectativas.