O Pe. Juan Cruz, da Paróquia de San Vicente e o grupo musical cristão “Egunsentia” que trabalha com o sacerdote na pastoral juvenil de San Sebastián (Espanha), negaram que o párroco teve a destituição de seu cargo por celebrar uma Missa a um grupo de homossexuais que defendem uma postura contrária aos ensinamentos da Igreja.

Tanto o Pe. Cruz como “Egunsentia” indicaram que é falsa a notícia publicada pelo jornal “La Razón”, segundo a qual o Bispo de San Sebastián, Dom Juan María Uriarte, retirou do cargo de delegado diocesano da Juventude o sacerdote  depois que este cebrou uma Missa de encerramento de um polêmico congresso de homossexuais no mês de abril na capital do País  Basco.

“Asseguro-lhes que esta notíaia na qual me nomeiam não diz a verdade. É mentira. Atualmente, depois de 8 oito anos a serviço da Diocese de Donostia-San Sebastián, continuo sendo delegado diocesano da Pastoral de Jovens. Alémd disso as coisas não ocorreram como conta o jornal La Razón”, escreveu á  ACI Prensa o Pe. Cruz.

O Pe. Cruz  refere-se ao congresso “Cristianismo e homossexualidade”,  organizado pela Federação Estatal de Lésbicas, Gays, Transexuais e Bissexuais (FELGT) e a Associação de Gays e Lésbicas do País Basco (Gehitu).

Por sua vez, o grupo musical “Egunsentia” disse que “estamos a disposição do povo de Deus ao qual este grupo (o grupo de homossexuais) também é parte”.

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“O Padre Juan Cruz em nenhum momento foi suspenso de seu cargo, e seu único pecado foi acolher o grupo que foi à missa paroquial de San Vicente”, diz a mensagem que o grupo musical enviou à  ACI Prensa, onde além diso afirma que “o grupo em nenhum momento reclama que a Igreja peça perdão”.

A polêmica, entretanto, continua, pois a declaração final do congresso “Cristianismo e Homossexualidade” sim contravém, como indicava o jornal La Razón, todas os ensinamentos da Igreja  a respeito da homossexualidade. No comunicado final, com efeito, os homossexuais afirmam:

·        “Encontramos em nossa forma de amar (atos homossexuais) a plena realização da vocação à felicidade”; contrário aos ensinamentos da Igreja que afirma que os atos homossexuais –não as pessoas homossexuais- são intrínsecamente perversos.

·        “Negar a expressão plena da orientação sexual, limita a pessoa,  impede-a de realizar-se e é causa de frustração permanente, originando uma consciência de pecado enfermiça e desumanizante”. Esta postura é contrária ao ensinamento de que não existem atos contranatura que possam ser  “humanizadores”, e que a doutrina da Igreja precisamente liberta e não “desumaniza”.

O documento, além disso apresenta a  “reclamação de plena igualdade de nossos direitos civis, como o matrimônio e a adoção como casal”, algo que a Igreja, em coerência com a doutrina cristã, vem combatendo.