O anel do Pescador de Bento XVI "já foi marcado, quer dizer, inutilizado", conforme explicou o Diretor da Sala de Imprensa do Vaticano, Padre Federico Lombardi.

"Não será destruído totalmente, mas será anulado marcando-o provavelmente com uma linha ou uma cruz de tal modo que fica inutilizável", explicou na semana passada o porta-voz vaticano para precisar que o anel não se destrói, mas se inutiliza.

Também precisou que é previsível que este anel seja conservado na coleção do Escritório das Cerimônias Pontifícias (Ufficio Ceremonie Liturgiche).

Por sua parte, o artesão italiano e criador do anel do Pescador de Bento XVI, Claudio Franchi, explicou a Europa Press que a tradição de destruir o anel dos Papas faz parte de um antigo rito pelo qual se devia destruir o anel com o fim de evitar falsificações já que esse anel era usado como selo nos documentos papais.

Não obstante, relatou que o anel do Papa Emérito, que conserva as características iconográficas da tradição do 'Pescador', não foi usado como selo, mas como mostra dos aspectos simbólicos do Pontificado deste Papa.

Em 23 de abril de 2005, quatro dias depois de o Cardeal Joseph Ratzinger ser eleito Papa, Franchi lhe apresentou dois anéis entre os quais devia escolher aquele que levaria já no dia seguinte no dedo anelar de sua mão direita durante a Missa Solene de início do Ministério Petrino e durante todo seu Pontificado.

Bento XVI escolheu o anel de estilo clássico, conservando o outro, de estilo mais moderno, no Museu do Tesouro de São Pedro, conforme aponta Franchi. O anel de ouro, ovalado e com a borda lateral em ouro branco representa a São Pedro em uma barca no momento em que joga as redes ao mar onde se veem três peixes e no alto o nome de Bento XVI.

Conforme aponta, o anel com a imagem do 'Pescador' pedido por Bento XVI preencheu a ausência de mais de um século durante o qual os Papas não escolheram um anel com esta imagem.

Franchi afirma não saber se será novamente contratado para fabricar o anel do Pescador do novo Pontífice que será eleito no Conclave que começará neste mês de março.

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