Em conferência de imprensa realizada antes da decisão do Colégio de Cardeais de não conceder mais entrevistas, o Arcebispo de Boston (Estados Unidos), Cardeal Sean O´Malley, disse que confia que os cardeais eleitores serão informados sobre os antecedentes dos chamados "vatileaks".

"Os cardeais nos sentimos seguros que teremos toda a informação que necessitamos para nossas deliberações", assinalou Cardeal O´Malley na conferência de imprensa de 5 de março no Pontifício Colégio Norte-americano, em relação aos antecedentes do relatório vinculado ao roubo de documentos privados de Bento XVI e do Vaticano.

"Isto não significa necessariamente que o relatório deverá ser compartilhado conosco, mas se houver algo que nós devamos saber, estou seguro que seremos informados", disse o Cardeal.

O Arcebispo de Galveston, Houston, Cardeal Daniel N. DiNardo, quem também esteve presente na conferência, manifestou que os cardeais "em geral, obviamente, queremos saber o que se possa e que tenha relação com o governo da Igreja".

O Cardeal disse que não existe alguma possível influencia do Papa Emérito Bento XVI no Conclave, "ele não está interessado absolutamente em tratar disto".

"Poderia haver influência teológica, mas do ponto de vista de uma influência política, e conhecendo-o, isso não acontecerá", assinalou o Cardeal DiNardo e adicionou que "Bento XVI é uma pessoa muito tímida e calada, e assim como ele passou a uma vida de oração, estará fora do cenário".

Os arcebispos também falaram sobre as reuniões diárias que estão tendo e o Cardeal O´Malley descreveu os encontros como "muito parecidos a um sínodo de Bispos" fazendo referência às intervenções dos Cardeais e à interação que há entre eles.

Comentaram também que nas pausas das congregações gerais podem aproveitar para ter "conversas individuais".

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