Antes da decisão do Colégio Cardinalício de que os cardeais já não falariam com a imprensa o Arcebispo emérito de Salvador (Bahia), afirmou ao Vatican Insider, uma seção do jornal italiano La Stampa, que que  um novo Papa não mudará os pontos essenciais da doutrina da Igreja com tal de “modernizá-la”, como reclamam certos meios de comunicação e críticos da Igreja Católica.

Ante uma certa expectativa dos meios de que um novo papa “modernizaria” a Igreja modificando alguns dos seus ensinamentos em relação à sexualidade, defesa e da vida e moral, entre outros, o purpurado brasileiro defende que “o Papa deve ser fiel ao Evangelho. Ele não pode dizer: de agora em diante mudamos o que está no evangelho de Jesus Cristo. Por exemplo em matéria de aborto, as coisas não mudarão. Por mais que o mundo inteiro fale, não ocorrerá”.

“Não serão permitidas novas uniões sacramentais depois do divórcio. Não se trata de conservadorismo. Nossa posição são os mandamentos da lei de Deus, com eles damos uma resposta ao mundo de hoje. É importante que o Papa se faça presente para chamar a atenção, seja da Igreja ou entre os homens de boa vontade, para oferecer uma reflexão sobre diversos assuntos. Deve ser um pontífice que esteja atento, para suscitar um debate na própria humanidade”, destacou.

O Cardeal assinalou também que “Bento XVI não foi um “Papa de transição”.

“Em sua eleição havia, entre todos os cardeais, uma pessoa com um maior tempo de exercício em uma das congregações mais importantes do Vaticano como a Doutrina da Fé. Isso fez que ele conhecesse bem a Igreja, sua vida, suas dificuldades e também as alegrias. Isso instintivamente perceberam os cardeais eleitores e portanto a eleição caiu sobre ele. Para mim, agora não temos algum que sobressaia. Existem personagens de vários segmentos da Igreja no mundo e que têm características que chamam a atenção. Estão todos mais ou menos nivelados”, afirmou o Cardeal Majella.

Falando sobre o perfil do novo Papa o cardeal brasileiro afirmou que “é importante que ele seja um grande pastor para todos e também para falar com os homens de boa vontade”.

Segundo Dom Geraldo, a procedência geográfica pesará minimamente na eleição do Pontífice.

“Não se diz: agora precisamos um Papa que venha da África ou da Ásia ou de outra parte do mundo. Isso não ocorrerá. Tampouco se formarão blocos de cardeais por país que votarão por alguém em específico.

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