DALLAS, 20 de mar de 2005 às 00:46
Em um caso sem precedentes nos Estados Unidos, um bebê de cinco meses morreu logo depois que o desligaram do respirador que necessitava para viver, por determinação de uma ordem judicial que não considerou a oposição de seus pais.
“Só queria a vida para meu bebê”, disse Wanda Hudson, mãe do menino. “Acredito que o hospital se rendeu muito cedo com meu filho”.
O juiz do condado do Harris, William Mc Culloch, assinou um mandato na segunda-feira passada, autorizando ao Hospital Infantil de Texas a retirar o respirador artificial do bebê. Peritos em bioética afirmaram que é a primeira vez na história dos Estados Unidos que um juiz opina acabar com a vida de um menino.
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O neném Sun Hudson sofria de um estranho mal congênito chamado “displasia tanatofórica”, caracterizado pelo escasso desenvolvimento dos pulmões e o peito.
O diretor executivo da Coalizão para a prevenção da Eutanásia, Alex Schadenberg manifestou sua preocupação pela decisão, pois embora a remoção da equipe de respiração assistida não é tecnicamente eutanásia, neste caso foi realizada sem a autorização dos pais.
"Preocupa-nos que se referiram ao retiro da equipe de respiração como ‘tratamento desnecessário ou fútil’, coisa que o respirador não era, já que era o que mantinha vivo ao bebê, que de outra maneira teria morrido”, disse Schadenberg. “Um tratamento médico só se considera inútil ou fútil se representar uma carga maior do que o benefício que oferece. No caso de Sun, o benefício era que continue vivo, e a carga era mínima, este tratamento não podia de maneira nenhuma ser considerado fútil. Consideramos que se sentou um péssimo precedente nas cortes, ao permitir retirar o respirador contra a vontade dos pais e em contra do melhor interesse do bebê”, acrescentou.