BRUXELAS, 22 de mar de 2013 às 07:00
O presidente da delegação espanhola do PP no Parlamento Europeu, Jaime Mayor Oreja, pediu nesta quarta-feira à União Europeia que não financie projetos de investigação que suponham "práticas abortivas" e "destruição de embriões".
Mayor Oreja e o parlamentar europeu conservador italiano Carlo Casini organizaram no Parlamento uma jornada dedicada à iniciativa cidadã europeia denominada "Um de Nós", com o objetivo de "reclamar à União Europeia a defesa da dignidade, do direito à vida e da integridade de todo ser humano desde sua concepção".
"O que queremos é que nos programas de desenvolvimento não se financiem práticas abortivas. Nós o que queremos é que na investigação não haja subvenção ao que significa destruição de embriões", explicou o parlamentar do PP em um comparecimento ante a imprensa.
Mayor Oreja alegou que "todos os casos de avanços" científicos mais recentes se obtiveram "experimentando com células adultas e não com células de caráter embrionário". "Isso cada dia é uma evidência científica de maior importância", disse.
"O que queremos é fundamentalmente fazer um chamado à dignidade da pessoa e que, nestes temas, nos temas que correspondem à UE e a suas instituições, nem as práticas abortivas nem a destruição de embriões sejam financiados", insistiu.
"Não podemos ter medo de que nos coloquem a etiqueta de cavernícola simplesmente porque defendemos a vida humana e porque dizemos que o direito está na vida e não no aborto. O direito ao aborto é um disparate, é um falso direito, equivocado em minha opinião, e não por isso somos rançosos", apontou Mayor Oreja.
"Há coisas instaladas hoje na sociedade que simplesmente são falsas", insistiu.