SALVADOR, 21 de mar de 2005 às 17:04
Durante as celebrações deste Domingo de Ramos O Cardeal Dom Geraldo Majella Agnero, presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e arcebispo de Salvador fez um veemente chamado em defesa da vida, condenando o aborto, a eutanásia e as pesquisas com células-tronco embrionárias.Diante de uma multidão de 40 mil pessoas congregadas na Praça Castro Alves no centro de Salvador, conclamou os católicos a proteger as vidas dos inocentes afirmando que o governo brasileiro está mais preocupado em fazer "remédios que matam", referindo-se ao projeto de pesquisa com embriões lembrou que "os embriões também são gente e não podem ser usados como remédios.
O evangelho da Missa de Ramos que relata a Paixão de Cristo, foi retomado por Dom Geraldo durante a homilia: "Nós recordamos o sacrifício de Jesus, o inocente que foi crucificado e nos dias atuais ainda há muitos inocentes que são mortos", disse, citando os bebês vitimas de abortos e os embriões que podem ser usados em experiências terapêuticas. "O embrião é gente, é vida, não pode ser usado para ser feito remédio para outros, não pode ser usado para alimentar a ambição e o egoísmo das pessoas", disse.
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Sobre a eutanásia, o cardeal afirmou que se a prática for legalizada vão acabar exterminando todos os considerados "inúteis e que não produzem". "O velho que já está tão cheio de dores e sofrimento. Para que sofrer? Vamos acabar com ele", afirmou.
"Rezem por todos os que estão sendo sacrificados e para que os políticos não aprovem leis contra a vida", disse o prelado sob aplauso dos fiéis. A Procissão de Ramos começou por volta das 8 horas da Praça do Campo Grande e seguiu em direção à Praça Castro Alves com carros de som da Arquidiocese, animando os fiéis.