No próximo domingo 12 de maio, estima-se que mais de 15 mil pessoas se congregarão nos subúrbios do histórico Coliseu de Roma (Itália) para participar da terceira Marcia per la Vita (Marcha pela Vida) que contará com a presença dos principais representantes das grandes organizações pró-vida em todo o mundo, assim como membros do clero e da realeza europeia.

A conhecida presidente da organização americana Live Action, Lila Rose, o filho da duquesa de Kent e neto da rainha Isabel da Inglaterra, Nicholas Windsor, serão algumas das personalidades que marcharão com os italianos, onde também estará o doutor francês conhecido por terminar preso na luta contra o aborto no seu país. Também participarão aproximadamente quarenta sacerdotes, bispos e cardeais que anunciaram sua presença.

Na véspera, sábado 11 de maio se realizará uma convenção de Bioética no Pontifício Ateneu Regina Apostolorum e também uma solene vigília de oração às 09:00 p.m. na Basílica SS. Apostoli presidida pelo Prefeito do Tribunal Supremo da Signatura Apostólica, Cardeal Raymond Leo Burke.

Este ano, a marcha começará às 09:00 a.m. e vai "até o Castelo San Angelo e não até a Praça São Pedro, para desta maneira ressaltar o caráter não confessional da iniciativa que está aberta a todos os homens de boa vontade. No ano passado se registrou a participação de cidadãos italianos evangélicos, ortodoxos e budistas, e também de ateus declarados que defendem o direito à vida.

A porta-voz da Marcia per la Vita, Virginia Coda Nunziante, em diálogo com o grupo ACI disse que "o fim principal da marcha é dar um alto e dizer não à lei que em 1978 legalizou o aborto na Itália provocando mais de cinco milhões de crianças mortas".

Ressaltou que "são muitas as dioceses e as paróquias comprometidas, além disso, há 120 movimentos e associações que se juntaram à iniciativa (...). Saiamos às ruas para reiterar um grande sim à vida, o primeiro de todos os direitos porque sem a vida nenhum outro direito pode existir, e é por isso que temos conosco a tantas famílias com crianças".

Disse que "a defesa da vida não é tarefa somente dos católicos, mas de todos aqueles que reconhecem a existência de uma lei natural, escrita no coração de cada homem que proíbe a matança do inocente. O aborto não só viola a moral católica, mas também a lei natural, válida para cada homem em cada época e sob toda latitude".

"Nós também marchamos contra a eutanásia que muitos querem introduzir na nossa legislação, e para nos opor à manipulação dos embriões, por exemplo, através de uma lei sobre a fecundação assistida" enfatizou.

"Segundo os dados do Ministério de Saúde -indicou Coda- existe uma diminuição no número de abortos, mas sabemos bem que também existe um aumento na venda da pílula abortiva Ru486, que exclui a interrupção da gravidez ao âmbito privado".

A porta-voz sublinhou também outro fator: "diminuíram os abortos, já que também se reduziram drasticamente o número de nascimentos – referindo-se ao - resultado de uma cultura que é hostil à vida".

Coda convidou a toda pessoa que esteja em Roma no próximo dia 12 de maio para sair às ruas e assinalou que "temos a necessidade de uma mudança cultural própria e verdadeira, para que seja mais fácil compreender a gravidade de cada ataque contra a vida".

"Queria reiterar o ensinamento da Igreja em matéria de aborto, que é aquilo que diz o direito natural e o sentido comum de cada homem. O Concílio Vaticano II define o aborto como um delito abominável" recordou a líder pró-vida.

Mencionou que "o Beato João Paulo II dizia que "uma nação que mata seus próprios filhos é uma nação sem futuro". Assim todos aqueles que têm no coração a defesa da vida devem participar da marcha e por outro lado também Bento XVI, em um discurso aos Bispos americanos, disse que os católicos devem apropriar-se dos lugares públicos para fazer sentir suas vozes".

Pediu também oração para que "nos apoiem, inclusive à distância, porque a união faz a força e se estivermos unidos na luta comum, seremos capazes de obter grandes resultados com a ajuda de Deus e da Virgem Maria" concluiu.

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