A Arquidiocese de Santiago do Chile informou que depois do devido processo penal feito ao Padre Héctor Valdés Valdés, acusado de abusos sexuais contra dois menores de idade, o presbítero foi culpado e foi condenado à pena perpétua de demissão do estado clerical e foi, além disso, expulso do instituto religioso ao que pertencia.

Em um comunicado de imprensa divulgado pelo Departamento de Comunicações da Arquidiocese de Santiago, informa-se que em maio de 2012 a Congregação para a Doutrina da Fé encarregou ao Arcebispo de Santiago, Dom Ricardo Ezzati, instruir um processo administrativo penitenciário contra o Padre Valdés.

Logo depois de concluído o processo penal e conforme o Direito Canônico e as normas da Santa Sé sobre os delitos mais graves, o "sacerdote Valdés foi declarado culpado do delito de abusos sexuais de menores de idade contra duas vítimas, e de abuso de ministério".

O texto precisa ademais que "com a autorização da Congregação para a Doutrina da Fé, condenou-se o Padre Valdés à pena perpétua de demissão do estado clerical e de demissão do Instituto religioso ao que pertence. Em consequência, fica retirado por toda a vida do exercício do ministério sacerdotal e da vida religiosa".

Finalmente o texto assinala que o decreto com esta condenação tem data de 19 de abril de 2013 e se indica que o sacerdote poderá apelar da sentença no lapso de 60 dias hábeis contados a partir de 24 de abril, quando se notificou a Valdés.

A decisão da Arquidiocese de Santiago, como em outros casos similares, é consequente com a política de "tolerância zero" alentada pelo Bispo Emérito de Roma, Bento XVI, quem estabeleceu uma série de normas e procedimentos para sancionar os sacerdotes culpados de abusos sexuais.

Esta política foi reafirmada e alentada pelo Papa Francisco. No último dia 5 de abril, a Congregação para a Doutrina da Fé no Vaticano divulgou um comunicado no que se informou que "o Santo Padre recomendou em particular modo que a Congregação, continuando na linha querida por Bento XVI, atue com decisão no que diz respeito aos casos de abusos sexuais".

Além de alentar as conferências episcopais a seguir o devido processo com os culpados de abusos, o Papa assegurou "que em sua atenção e em sua oração pelos que sofrem, as vítimas de abusos estão presentes de modo particular".

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