MADRI, 21 de mai de 2013 às 14:43
O Pe. Javier Ruiz López, ex-pároco de Churra, em Cartagena (Espanha), expressou sua tristeza pelas calúnias das que foi objeto a raiz do vídeo que foi manipulado para fazer acreditar que teve um encontro sexual com outro homem; entretanto, reiterou sua inocência e manifestou sua confiança em que as autoridades farão justiça.
"Dentro do possível estou tranquilo, mas isto é um sofrimento", expressou a uma jornalista de La Opinión de Murcia. "A vida me deu várias pauladas, mas esta foi a pior, porque jamais poderia imaginar que isto acontecesse comigo", acrescentou desde a casa de espiritualidade onde se encontra enquanto se faz justiça ao caso que também afetou a sua família, entre eles seus pais de 70 e 71 anos.
O Pe. Ruíz López, que foi pároco de Churra durante dez anos, disse que está "sereno e com a consciência muito tranquila". Indicou que tomou "muito bem" a decisão do Bispo local, Dom José Manuel Lorca, de destituí-lo do seu cargo. "Ele tomou a decisão que era melhor para mim (...). Ele me apoia e confia em mim", afirmou.
"Aconselhou-me que desaparecesse, sobretudo pelo reboliço midiático e pelas ligações dos meios". "O que tenho muito claro é que a obediência ao meu bispo me salvará", relatou a jornalista.
O sacerdote disse que não sabe quem poderia ter feito a montagem. Indicou que embora a maioria do povo se leve bem com ele, também "há pessoas que não gostam de mim, muito poucas, mas há".
O Pe. Ruíz assinalou que agora só deseja desconectar e esperar que no tribunal "façam seu trabalho". Enquanto isso continuará na casa de espiritualidade.
Como se recorda, logo após a difusão do vídeo através das redes sociais, o perito da Agência de Proteção dos Direitos Cidadãos, José Ortega, advertiu que se trata de uma gravação manipulada.
No programa "Espelho Público" de Antena 3, o perito assinalou que o vídeo foi manipulado pois se a imagem do suposto sacerdote for analisada, se pode ver que o pescoço está mais fundo do que o normal e que "o umbigo está deslocado oito centímetros à direita", perdendo sua posição natural de permanecer em linha reta com a garganta. Além disso, indicou, vê-se que a camisa preta do ex-pároco foi superposta.
Ortega explicou que isto se pode fazer com o programa de edição After effects, usado para conseguir efeitos especiais, e que na Agência de Proteção dos Direitos do Cidadão só demoraram dez minutos em ver que se tratava de uma montagem.