Bispo anima sacerdotes a defender a vida em homilias da Semana Santa

LIMA, 24 de mar de 2005 às 01:21

Em uma mensagem dirigida aos bispos do país, o Presidente da Comissão Episcopal de Família e Arcebispo de Cusco, Dom. Juan Antonio Ugarte, pediu animar os sacerdotes locais a incluir a defesa da vida em suas homilias de Semana Santa.

Dom. Ugarte confessou estar "muito preocupado pela onda antivida para promover o aborto, a eutanásia e outros atentados contra a humanidade que já se estende por toda a América Latina (Brasil, Argentina, Paraguai, Chile, etc.) e cujos sinais já são evidentes em nosso país".

Por isso, animou os bispos "a que com os párocos e sacerdotes de sua jurisdição, nestes dias de maciça presencia de fiéis nas cerimônias da Semana Santa, iluminem suas homilias com o Evangelho da Vida".

O Arcebispo recordou que sua Comissão enviou há alguns dias uma mensagem pelo Dia da Criança por Nascer que neste ano coincide com a Sexta-feira Santa e animou "a que se incluam conteúdos similares nas mensagens, que pela Semana Santa, difundam-se através dos diferentes meios de comunicação social de sua jurisdição".

Na mensagem em questão, a Comissão lembra que em sua paixão, "o Senhor, indefeso, é humilhado e maltratado em sua dignidade humana. Pilatos, que não encontra nenhum delito nele, com covardia e indiferença, entrega-o para que seja crucificado. Os gritos de uma multidão amestrada, que fechou seus olhos à verdade, pedem a morte do Inocente, que permanece em silêncio".

"Hoje também muitos fecham seus olhos à verdade sobre a Criança por Nascer e lhe nega o estatus de ser humano, chamando-o "massa de células", desprezando o valor de sua vida. Como o Senhor, ele também é atropelado em sua dignidade humana, mediante manipulações em laboratório, com fins experimentais ou reprodutivos, enquanto nada pode fazer para defender-se", indica o texto.

"Como o Senhor, é também vítima de um julgamento injusto que o faz carregar com as culpas de outros e receber sentença de morte, a ele que não pediu ser concebido. Como o Senhor, a Criança por Nascer permanece em silêncio quando vê descarregar-se sobre ele a fúria do mal, com armas cada vez mais sofisticadas, criadas a propósito para assassiná-lo em suas primeiras horas ou dias de vida", acrescenta.