RIO DE JANEIRO, 27 de jul de 2013 às 14:19
O Papa Francisco teve um encontro com líderes, autoridades e representantes da sociedade brasileira, hoje (27), no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, em seu discurso ele exortou o poder do diálogo, frente à indiferença egoísta e aos protestos violentos, para solucionar os problemas e responder os gritos que ainda buscam justiça no mundo.
“Entre a indiferença egoísta e o protesto violento, há uma opção sempre possível: o diálogo. O diálogo entre as gerações, o diálogo com o povo, a capacidade de dar e receber, permanecendo abertos à verdade”, afirmou o Pontífice no discurso, em que agradeceu as palavras do Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani Tempesta e do jovem Walmyr Júnior, que expressou suas inquietações sobre o povo e a juventude brasileira.
Francisco lembrou os líderes políticos que são “responsáveis pela formação de novas gerações (...). O futuro exige de nós uma visão humanista da economia e uma política que realize cada vez mais e melhor a participação das pessoas, evitando elitismo e erradicando a pobreza. Que ninguém fique privado do necessário, e que a todos sejam asseguradas dignidade, fraternidade e solidariedade (...). Os gritos por justiça continuam ainda hoje”.
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“A liderança sabe escolher a mais justa ente as opções, após tê-las considerando, partindo da própria responsabilidade e do interesse pelo bem comum; esta é a forma para chegar ao centro dos males de uma sociedade e vencê-los com a ousadia de ações corajosas e livres”, acrescentou.
E observou ainda que “quem atua responsavelmente, submete a própria ação aos direitos dos outros ao juízo de Deus”, e que “na atual situação, impõe-se o vínculo moral com uma responsabilidade social e profundamente solitária”.
“Quando os líderes dos diferentes setores me pedem um conselho, a minha resposta é sempre a mesma: diálogo, diálogo, diálogo. A única maneira para uma pessoa, uma família, uma sociedade crescer, a única maneira para fazer avançar a vida dos povos é a cultura de encontro (...). Hoje, ou se aposta na cultura do encontro, ou todos perdem; percorrer a estrada justa torna o caminho fecundo e seguro”, concluiu o Santo Padre.