Papa Francisco celebrou uma missa nesta manhã (27), na Catedral Metropolitana de São Sebastião, com bispos, padres e seminaristas brasileiros. O Santo Padre fez a homilia em espanhol, sob três aspectos: “chamados por Deus; chamados para anunciar o Evangelho; chamados a promover a cultura do encontro”.

Participaram da celebração os Cardeais Tarciso Bertone, Secretário de Estado do Vaticano, e Raymundo Damasceno Assis, Arcebispo de Aparecida e presidente da Conferência Nacional dos Bispos Brasileiros (CNBB), seu vice-presidente, Dom José Belisário e o Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta.

O Arcebispo do Rio agradeceu ao Papa pela sua “atenção e afeto” com o clero brasileiro, logo no início da celebração. E citou o Documento de Aparecida, elaborado na V Congregação Geral dos Bispos Latino-Americanos, que Francisco ajudou a redigir, quando ainda era Cardeal de Buenos Aires.

“Desse documento ‘brotou um novo entusiasmo nas nossas comunidades’ e com esse mesmo espírito, acrescentou, os bispos e o clero congregados na Catedral se uniam nesta celebração para ouvir ‘como discípulos’ o sucessor de Pedro”, disse o Arcebispo.

Em sua homilia, o Santo Padre falou aos presentes: “Não é a criatividade pastoral, não são as reuniões ou planejamentos que garantem os frutos, mas ser fiel a Jesus”. Essa fidelidade a Cristo, disse o Papa, vem com uma “vida de oração”, com a Eucaristia e com a atenção as “pessoas mais necessitadas”. E os convidou a pedir que “a Virgem seja o modelo desse chamado”.

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Em relação aos jovens, pediu que os sacerdotes que ajudem os “jovens a perceber que ser discípulo missionário é uma consequência de ser batizado, é parte do essencial do ser cristão, e que o primeiro lugar onde evangelizar é própria casa, o ambiente de estudo ou de trabalho, a família e os amigos”.

E que eles tenham “a paciência de escutar os problemas dos jovens”, especialmente na confissão, na orientação espiritual e no acompanhamento. “Não poupemos esforço na formação dos jovens”. Essa orientação deve ser feita de tal modo que se sintam missionários, saiam de suas casas e não fiquem “encerrados na paróquia, nas comunidades quando tantas pessoas estão esperando o Evangelho”, alertou.

Sobre o último aspecto, “Promover a cultura do encontro”, ele denunciou a atual “cultura da exclusão e do descartável”, na qual não há tempo para as os outros e as relações humanas parecem regidas por dois dogmas modernos: a eficiência e o pragmatismo.

E pediu para que encontrem “a coragem de ir contra a corrente”, sendo “servidores da comunhão e da cultura do encontro”. E que saiam “ao encontro dos irmãos e de quem estar na periferia”.