A candidata presidencial de Nueva Mayoría e ex-mandatária chilena, Michelle Bachelet, reiterou que mantém em sua agenda política tanto a legalização do aborto como do matrimônio entre pessoas do mesmo sexo e a adoção gay.

"O primeiro é o Acordo de Vida em Casal (AVP, pelas siglas em espanhol); segundo, debater na sociedade e legislar sobre o tema do matrimônio igualitário e depois, debater o tema da adoção", afirmou a também ex-diretora da ONU Mulheres, Michelle Bachelet.

Em uma entrevista concedida ao canal Chilevisión, a candidata presidencial se pronunciou sobre sua postura em relação ao chamado "matrimônio igualitário", termo usado ultimamente para promover as uniões homossexuais. "Em um país moderno, democrático, queremos que haja trato igualitário para todas as pessoas, todas as religiões, etnias e pessoas com diversidade sexual também. Por que então, se o matrimônio é a expressão do amor, não colocar essa possibilidade?", questionou.

Do mesmo modo, ao ser consultada se estaria a favor da adoção de filhos por parte dos casais homossexuais, Bachelet disse que "há países com distintas experiências: França, onde fizeram as duas coisas ao mesmo tempo; há outros que optaram por ir passo a passo de acordo ao que suas sociedades são capazes de levar adiante. Eu acho que o primeiro é o AVP; segundo, debater na sociedade e legislar sobre o tema do matrimônio igualitário; e depois discutir o tema da adoção".

"Vou fazer tudo o que seja possível para que continuemos avançando na sociedade em debater estes temas e em legislar a respeito", indicou.

Da mesma maneira, foi consultada sobre sua agenda em relação ao aborto: "Quero avançar na despenalização do aborto terapêutico e por delito sexual". Além disso, assinalou que "não podem dividir as mulheres entre cabeça e corpo, porque na nossa sociedade nos permitem pensar, estudar, votar e ser escolhidas e, entretanto, com os direitos sexuais e reprodutivos a mulher não pode ter suas opções".

Finalmente, Bachelet se referiu ao caso de Belén, uma menina de 13 anos que ficou grávida por ter sido abusada sexualmente e se negou a abortar o seu bebê. "Não me atreveria a assegurar que uma mulher-menina de 13 anos esteja em condições com toda a liberdade e toda a informação de tomar uma decisão (...) no caso de um estupro temos que pensar na possibilidade de um aborto", afirmou.

As palavras da candidata geraram imediatas reações e críticas entre parlamentares da oposição, representantes da Igreja Católica, diversos grupos e personagens da opinião pública.

 

 

 

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