CAIRO, 20 de ago de 2013 às 08:49
Ibrahim Isaac, o Patriarca de Alexandria dos Coptos Católicos e Presidente da Assembleia dos Patriarcas Católicos e Bispos do Egito, emitiu neste domingo, 18 de agosto, uma dramática declaração ante a onda de violência que se registra no país e que deixou mais de 60 Igrejas afetadas e que cobrou a vida de mais de mil pessoas.
A declaração do Patriarca se dá ante os inumeráveis episódios de violência no Egito -também os muitos registrados contra os cristãos e perpetrados pela autodenominada "Irmandade Muçulmana" que quer chegar ao poder e que segundo Associated Press (AP) constitue "uma campanha de intimidação que adverte aos cristãos que estão fora de Cairo para que se afastem da política".
Na declaração, entre outros, agradecem aos que trabalham pelo bem do Egito, aos meios que informam os fatos objetivamente e aos compatriotas muçulmanos que os ajudaram na defesa de algumas Igrejas, e também pedem respeito à soberania nacional.
A seguir a declaração completa do Patriarca:
"Com dor e também com esperança, a Igreja Católica no Egito está acompanhando o que o nosso país está experimentando: ataques terroristas, assassinatos e incêndio de Igrejas, escolas e instituições do Estado.
Por isso, pelo amor ao nosso país e em solidariedade com os que amam o Egito, cristãos e muçulmanos, estamos tratando de fazer o melhor para comunicar-nos com organizações amigas ao redor do mundo para esclarecer a realidade dos eventos que se dão em nosso país. Nós gostaríamos de expressar o seguinte:
- Nosso livre, firme e consciente apoio às instituições do Estado, particularmente às forças armadas e à polícia por todos seus esforços para proteger à pátria.
- Nosso apreço pelas nações sinceras por entender a natureza dos eventos rechaçando qualquer tentativa de interferência nos assuntos internos do Egito ou de influenciar nas decisões soberanas qualquer que seja a direção que possam tomar.
- Agradecemos a todos os egípcios e aos meios internacionais pelas informações e os eventos divulgados objetivamente e condenamos àqueles meios que promovem mentiras e falsificam a verdade para confundir a opinião pública.
- Agradecemos aos nossos honoráveis compatriotas muçulmanos que estiveram ao nosso lado, enquanto podem fazê-lo, defendendo nossas Igrejas e instituições.
- Finalmente nos dirigimos à consciência internacional e a todos os líderes das nações para que entendam e acreditem que o que está acontecendo no Egito não é um conflito político entre distintas facções, mas uma guerra contra o terrorismo.
Finalmente expressamos nossas condolências a todas as famílias e parentes das vítimas. Pedimos ao Senhor que cure os feridos".
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