ROMA, 27 de ago de 2013 às 10:52
Samuel Tadros, investigador do Centro para a Liberdade Religiosa do Instituto Hudson, e autor de "Pátria perdida: A busca egípcia e copta pela modernidade", denunciou a destruição da igreja copta da Virgem Maria em Delga, Egito, um templo com aproximadamente 1600 anos considerado um monumento à sobrevivência.
A repressão militar aos simpatizantes de Mohamed Mursi, indicou Tadros, desencadeou "uma onda de ataques contra Igrejas, como não se via há séculos".
Pelo menos cinquenta Igrejas, entre elas a da Virgem Maria, foram queimadas e destruídas no Egito.
No lugar da igreja da Virgem Maria, os manifestantes colocaram um aviso: "A mesquita dos mártires".
Segundo Tadros, a igreja copta foi construída aproximadamente entre o quarto e quinto século de nossa era, sobrevivendo ao império bizantino e à invasão árabe. Chegaram a existir 23 Igrejas antigamente na zona, conectadas por passagens secretas entre elas, mas apenas a da Virgem Maria sobreviveu.
Apesar de que muitos coptos se converteram ao Islã ao longo dos anos, um número importante de fiéis continuou frequentando o templo da Virgem Maria.
Tadros indicou que "há dois anos está acontecendo um êxodo de coptos no Egito. As esperanças que surgiram depois da revolução de 2011 apresentaram logo o caminho de uma realidade de contínua e intensificada perseguição".
O defensor da liberdade religiosa assinalou que um caso similar foi o da comunidade judia na zona, pois "umas poucas sinagogas ficam hoje como o único aviso dos judeus no país".
"Quais Igrejas ficarão de pé é uma pergunta aberta", advertiu
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