VATICANO, 3 de set de 2013 às 14:59
O Papa Francisco recebeu uma delegação do Congresso Judaico Mundial, ante a qual reiterou seu chamado aos líderes mundiais a fazerem todo o possível para evitar a guerra na Síria, ante a possibilidade de uma intervenção militar encabeçada pelos Estados Unidos.
Segundo a Rádio Vaticano, durante o encontro o Santo Padre desejou aos judeus um feliz ano 5774 e se renovou o compromisso conjunto em favor do diálogo e da paz. Além disso, recordaram-se as raízes que compartilham o cristianismo e o judaísmo, e se fez insistência em que "um cristão não pode ser anti-semita".
Depois do encontro, esta organização internacional que representa às comunidades judaicas de 100 países emitiu um comunicado onde se afirma que "em relação ao conflito na Síria, o Papa reiterou que é inaceitável a matança de seres humanos e que os líderes mundiais devem fazer todo o possível para evitar a guerra".
O comunicado acrescentou que o presidente do Congresso Judaico Mundial, Ronald Lauder, "elogiou o Papa pelo seu compromisso inquebrantável a favor do diálogo, revigorando não somente à Igreja católica, mas também deu um novo impulso às relações com o judaísmo. Assim como seus predecessores nos últimos cinco decênios, que ajudaram a superar muitos preconceitos".
"Isso nos permite agora trabalhar juntos na defesa da liberdade religiosa lá onde está ameaçada e em favor de todas as comunidades afetadas", indicou no comunicado.
A delegação recebida por Francisco estava integrada também pelo presidente do Congresso Judaico Latino-americano. Desde sua fundação em 1936, o Congresso Judaico Mundial promove o diálogo inter-religioso, especialmente com a Igreja Católica.