ROMA, 23 de set de 2013 às 11:28
A repressão policial no Vietnã deixou no último dia 5 de setembro pelo menos 40 feridos, depois que agentes dispararam contra um grupo de católicos que exigia a libertação de dois cristãos presos injustamente.
Segundo informação da agência UCA News, reproduzida pela Gaudium Press, "a maioria dos feridos está recebendo tratamento médico na clínica do complexo da residência do Bispo, enquanto que aqueles com ferimentos mais graves estão sendo tratados em um hospital estatal local".
A versão do regime comunista acusa os católicos de vandalismo. Entretanto, os católicos denunciaram que também seus lares foram objeto de violência e que as imagens religiosas foram destruídas durante o ataque.
Este é somente mais um episódio de repressão contra os católicos. No mês de maio deste ano, as autoridades impediram os fiéis de visitar o Santuário de Santo Antônio de Pádua. A multidão deteve a três agentes de segurança como represália, libertando-os a pedido dos sacerdotes. Quase um mês depois, foram presos Nguyen Van Hai e Ngo Van Kho, acusados de "causar desordem pública, ferir oficiais locais e destruir a propriedade pública".
No dia 5 de setembro, centenas de fiéis se dirigiram aos gabinetes das autoridades locais para exigir a libertação dos detidos, mas foram reprimidos.
O bispo de Vinh, Dom Phaolo Nguyen Thai Hop, condenou energicamente "o comportamento desumano e os atos violentos dos poderes públicos", e convocou os fiéis "a orar, oferecer sacrifícios e realizar atos que demonstrem a unidade e comunhão com a paróquia de My Yen e a solidariedade com as vítimas".
Do mesmo modo, o Bispo Auxiliar de Vinh, Dom Peter Nguyen Van Vinh, rechaçou as informações dos meios de comunicação estatais que "distorcem a realidade e ofendem a reputação e a honra do Bispo e da diocese de Vihn frente à população" ao acusar os católicos de supostos atos de violência e vandalismo.
Por sua parte, a União dos Meios Católicos de comunicação social do Vietnã pediu aos organismos de defesa dos Direitos Humanos ações para exigir o pleno respeito da liberdade religiosa neste país asiático.