ROMA, 24 de set de 2013 às 10:03
O Arcebispo de Karachi, Dom Joseph Coutts, presidente da Conferência Episcopal do Paquistão (PCBC), em nome da Igreja no país, condenou o atentado suicida cometido no dia 22 de setembro contra uma igreja cristã, causando mais de 80 mortos e ao redor de 150 feridos.
Dois extremistas muçulmanos, de forma suicida, detonaram bombas ao final da liturgia dominical na histórica Igreja de Todos os Santos.
Em um comunicado enviado à agência vaticana Fides, Dom Coutts assegurou que "em nome da Conferência Episcopal do Paquistão (PCBC) e dos cristãos do Paquistão, condenamos este ato da maneira mais firme".
"A agressão contra homens, mulheres e crianças inocentes, enquanto rezavam na igreja, é um vergonhoso ato de covardia", disse o Prelado.
O Arcebispo de Karachi expressou suas condolências às famílias dos cristãos falecidos e feridos, e anunciou que todas as instituições educativas cristãs no país permanecerão fechadas de 23 a 25 de setembro, como sinal de luto e protesto.
Nestes dias, nas Igrejas de todo o país também serão elevadas orações especiais pelas vítimas do atentado.
Dom Coutts exortou também os cristãos a permanecerem em paz e evitar qualquer ato de violência.
O Presidente da PCBC pediu ao governo que aja imediatamente para prender os responsáveis pelo atentado, e se realize uma adequada proteção dos lugares de culto de todas as minorias religiosas no Paquistão.
O Prelado pediu ainda que o governo leve em consideração a crescente intolerância religiosa e sectária no país, e trabalhe em todos os níveis para evitar que crimes como o deste domingo se repitam.
O Papa Francisco condenou no domingo o atentado no Paquistão, durante a sua visita à localidade italiana de Cagliari, e assegurou que se tratou de "uma escolha errada, uma escolha de ódio, de guerra".
"Este caminho não funciona. Não serve. O caminho da paz é o que conduz a um mundo melhor, mas se não o fizerem vocês, ninguém mais o fará", assegurou.