ROMA, 8 de out de 2013 às 09:01
O Grande Muftí da Arábia Saudita, Abdul Aziz bin Abdullah, assinalou que "é necessário destruir todas as igrejas da região" já que isto estaria de acordo com a regra que estabelece o islã como a única religião praticável na Península Arábica.
Arábia Saudita é um país aliado do Ocidente na política mundial, e o Grande Muftí é o líder religioso mais importante no reino muçulmano sunita e é o líder do Conselho Superior dos Ulemas (estudiosos islâmicos) e do Comitê Permanente para emitir fatwas (decretos religiosos).
O líder religioso fez estas declarações a uma delegação do Kuwait chegada à Arábia conforme informou a Agência Fides.
Mufti fez esta declaração depois que Osama Al-Munawer, um parlamentar kuatiano, anunciou no mês passado, na sua conta da rede social Twitter, que tem a intenção de apresentar um projeto de lei para proibir a construção de novas Igrejas e lugares de culto não islâmicos no seu país.
Na Arábia Saudita vivem aproximadamente entre três a quatro milhões de cristãos que assim como o reino saudita financiou a construção de centenas de mesquitas na Europa e América do Sul, da mesma maneira estes imigrantes desejam ter uma igreja no país onde podem exercer seu culto religioso.
O Prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, Cardeal Fernando Filoni, consagrou em junho passado, a nova igreja de Santo Antônio nos Emirados Árabes Unidos, perto de Dubai e uma nova igreja dedicada a São Paulo que está em construção em Abu Dhabi.
O rei de Bahrein, Hamad bin Issa al-Khalifa, doou um terreno para a construção de uma Catedral Católica neste país onde 80 por cento da população é muçulmana e só nove por cento são cristãos.
O Emir Amir Hamad bin Khalifa Al Thani, nos últimos anos se converteu no promotor de uma política de diálogo inter-religioso, apesar de manter em vigência a lei islâmica que impede os muçulmanos de converter-se a outra fé.