ROMA, 16 de out de 2013 às 10:46
Frente à sentença da Corte de Apelo da Malásia que proíbe o uso da palavra 'Alá' para referir-se a Deus em publicações cristãs, o Arcebispo de Kuala Lumpur (Malásia), Dom Murphy Pakiam, assinalou que o Conselho de Igrejas em Sabah e Sarawak, que inclui os bispos de todas as confissões "afirmaram que nas igrejas e liturgias continuarão a utilizar o termo".
O Prelado fez esta declaração destacando que a sentença só afeta o semanário católico "Herald Malasya" que é editado pela sua diocese, e não "à nossa 'Alkitab', Bíblia histórica da Malásia".
Em declarações dadas à Agência Fides, Dom Pakiam disse que a sentença "era previsível" e que esperavam que isto acontecesse acrescentando que "o caso foi muito politizado".
Expressou que "rezamos para que a mente dos juízes fosse iluminada, mas, evidentemente, os planos de Deus eram diferentes. Em todo caso, vamos recorrer ao Tribunal Federal para obter justiça".
"Esperamos e rezamos para que a situação política seja esclarecida, para obter um melhor equilíbrio das instituições sobre este assunto delicado, que toca a fé e liberdade das minorias religiosas", indicou.
Dom Pakiam assinalou que a reação entre os fiéis é de "decepção e preocupação".
Comentou também que em comunhão com o Santo Padre, no fim de semana passado rezaram no "estádio de Kuala Lumpur para consagrar a nossa nação à Virgem Maria (…). A nossa arma é a oração. Esperamos e oramos para que o Espírito Santo ilumine os legisladores e os que tomam decisão. Mesmo os grupos extremistas precisam da nossa oração".
Ressaltou que "queremos ajudar a criar paz e harmonia em nossa nação pluralista. Queremos construir pontes com o Islã", concluiu.