VATICANO, 24 de out de 2013 às 13:55
O Papa Francisco recebeu nesta manhã uma delegação do Centro Simon Wiesenthal, a organização internacional judaica para a defesa dos direitos humanos e elogiou seu trabalho que combate "qualquer forma de racismo, intolerância e antissemitismo, preservando a memória da Shoah e promovendo a compreensão recíproca mediante a formação e o compromisso social".
O encontro com o Centro Simon Wiesenthal foi agendado por Bento XVI, e o Papa Francisco o recordou assegurando que ao Bispo Emérito de Roma vão sempre "nossos pensamentos afetuosos e nossas orações".
O Santo Padre disse: "tive oportunidade de reiterar várias vezes, nestas últimas semanas, a condenação da Igreja por toda forma de antissemitismo. Hoje gostaria de destacar como o problema da intolerância deve ser enfrentado em seu conjunto: lá onde qualquer minoria é perseguida e marginalizada por motivo de suas convicções religiosas ou étnicas, o bem de toda uma sociedade está em perigo e todos devemos nos sentir envolvidos".
"Penso com particular dor no sofrimento, na marginalização e nas autênticas perseguições que não poucos cristãos estão sofrendo em diversos países do mundo. Unamos as nossas forças para favorecer uma cultura do encontro, do respeito, da compreensão e do perdão recíproco", afirmou.
O Papa Francisco explicou que a formação é de fundamental importância frente a esse objetivo, mas se trata de uma formação que "não é somente transmissão de conhecimento, mas passagem de um testemunho vivido, que pressupõe o estabelecimento de uma comunhão de vida, de uma ‘aliança’ com as jovens gerações, sempre aberta à verdade".
"Devemos saber transmitir não somente os conhecimentos sobre a história do diálogo judaico-católico, sobre as dificuldades atravessadas e sobre os progressos alcançados nas últimas décadas: devemos, sobretudo, ser capazes de transmitir a paixão pelo encontro e pelo conhecimento do outro, promovendo um envolvimento ativo e responsável dos nossos jovens. Nisto, o empenho partilhado a serviço da sociedade e dos mais frágeis".
Para concluir o Papa alentou os membros do Centro Simon Wiesenthal a continuar transmitindo aos jovens "o valor do esforço comum para rejeitar muros e construir pontes entre as nossas culturas e tradições de fé. Sigamos adiante com confiança, coragem e esperança. Shalom!".