ROMA, 4 de nov de 2013 às 08:52
No marco da reunião anual dos secretários nacionais das escolas católicas do Oriente Médio e do Norte da África se revelou que a assim chamada "primavera árabe" que viveram os países da região nos últimos anos teve um impacto negativo na liberdade de educação.
No evento, realizado em Amã (Jordânia), de 17 a 19 de outubro, advertiu-se sobre a pressão, de forma particular nos países onde prevalecem os partidos islamistas, como Tunísia ou a Faixa de Gaza, para difundir sua ideologia através dos programas escolares.
Em declarações à agência Fides, o Pe. Hanna Kildani, diretor das escolas cristãs no Reino Hachemita da Jordânia, indicou que "mesmo nas situações mais favoráveis, como a que vivemos na Jordânia, se fala há algum tempo com os dirigentes do Ministério da Educação em torno da necessidade de rever os livros escolares, valorizando os critérios da liberdade de consciência, do respeito recíproco, do diálogo entre as comunidades religiosas e inserindo nos programas também as referências da história do Cristianismo. Mas até agora não registramos nenhuma mudança concreta".
O Pe. Kildani assinalou que no Egito "as escolas cristãs e as igrejas se tornaram o alvo dos ataques e dos atentados realizados por grupos islamistas para aterrorizar os coptas".
"Assim, agora as pessoas têm medo de mandar os próprios filhos para estudar nas escolas cristãs", denunciou.