VALENCIA, 1 de abr de 2005 às 15:05
O Arcebispo de Valência, Dom Agustín García-Gasco, advertiu que a consciência social se escureceu no tema da defesa da vida e esquece que “desprezar uma só vida humana em qualquer de suas fases do longo ciclo de vida de cada ser, acaba desvalorizando a dignidade de todas as pessoas”.
Em sua carta semanal titulada “Criados para o encontro” e difundida pela agência AVAN, o Arcebispo assegurou que “hoje mais do que nunca temos motivos para impregnar a toda a sociedade com a cultura da vida”.
Segundo Dom. García-Gasco “um dos aspectos mais preocupantes da denominada ‘sociedade de consumo’ é o crescimento silencioso de um mundo de ‘solitários’ e o desenvolvimento do individualismo”.
Na sociedade atual, “o objetivo açoitado parece ser poder consumir o maior número de coisas sem depender de outros” como os jovens “encerrados em sua habitação navegando horas e horas pela rede”, adolescentes “que dedicam largas horas aos consoles informáticas”, ou anciões “que acabam abandonando-se e abandonados diante da televisão”.
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Para o Arcebispo, “um dos riscos das sociedades com alto desenvolvimento tecnológico é o de criar ou propiciar um mundo de solitários, seduzidos e engolidos por complexos programas desenhados para captar a atenção com um efeito quase hipnótico, que ‘engancha’ ou cria vício psicológico”.
“Dá a impressão de que nossa sociedade entronizou a técnica e os novos instrumentos por cima de todo tipo, não já de valoração moral, mas sim inclusive de reflexão” e que “o ideal é que cada um viva como quer e que o Estado o favoreça”, adicionou.
Finalmente, exorta a “descobrir o sentido da vida, o amor a Deus e ao próximo com a ajuda dos homens e mulheres que compartilhamos o presente e o futuro de nosso mundo”.