LONDRES, 10 de dez de 2013 às 12:47
Sir Paul Coleridge, juiz do Tribunal Superior de Justiça da Inglaterra e Gales e fundador da Marriage Foundation (Fundação do Matrimônio), assinalou que não há nada melhor para as crianças que a estabilidade que se encontra no matrimônio.
Um estudo recente da Marriage Foundation revelou que as crianças cujos pais não estavam casados eram duas vezes mais propensas a sofrer de divisões familiares, que aquelas cujos pais estavam casados.
Em declarações ao jornal britânico The Daily Telegraph, Coleridge advertiu que existe um "alto nível de ignorância", no sistema político sobre os benefícios do matrimônio.
Para o juiz britânico, o problema não é que os políticos e outras autoridades estejam "atemorizados" para falar a favor do matrimônio, mas é que muitos pensam que esta instituição e a coabitação são equivalentes.
"Existe esta ideia de que não faz nenhuma diferença coabitar ou casar", lamentou, indicando que "uma tende a durar e a outra tende a não durar".
"E quando se considera o que é o melhor para as crianças, a estabilidade é o nome do jogo".
Sir Paul Coleridge advertiu que não tem a intenção de "pregar moral", mas "a realidade da família é muito simples".
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"Se a relação existente for suficientemente estável para enfrentar os rigores de criar uma criança, então se deve considerar seriamente acrescentar a proteção do matrimônio à relação".
Por outro lado, assinalou o magistrado, "se a relação não for o suficientemente estável para assumir a criação das crianças, não deveria nem tê-las. O casal tem uma responsabilidade, não tem nenhum direito a ter crianças, tem apenas a responsabilidade".
Coleridge disse que na corte, "as pessoas falam sobre os seus direitos. Ninguém tem direito quando se trata de crianças… o que tem são responsabilidades e deveres de fazer o melhor possível para eles".
"Não acho que os casais deveriam ter crianças até que estejam certos de que relação entre eles é o suficientemente estável para enfrentar o estresse e as tensões".
Por sua parte, Christian Guy, diretor do Centro para Justiça Social, disse que "muita gente não se dá conta de que a coabitação prolongada com crianças é extremamente estranha. A maioria de pessoas com filhos que ainda estão juntas depois de muitos anos estão casadas".
"Os resultados em longo prazo mostram que há algo diferente por estar casado, é mais estável. As pessoas estão vinculadas quando estão casadas, de uma forma que não acontece quando apenas estão vivendo juntas", assinalou.