MADRI, 4 de fev de 2014 às 06:00
No domingo passado cerca das oito da noite, algumas feministas radicais do grupo Femen atacaram o Arcebispo de Madri, Cardeal Antonio María Rouco Varela, quando ele estava entrando na paróquia dos Santos Justo e Pastor da capital espanhola.
Cinco mulheres do Femen com o tronco nu e ao grito de "aborto é sagrado!" agrediram o também presidente da Conferência Episcopal. O incidente aconteceu à saída do carro que o levava à paróquia.
Além dos gritos e dos insultos, as ativistas atacaram o Cardeal e tentaram cobrir a sua cabeça com roupa interior manchada de vermelho.
Fontes do Arcebispado de Madri asseguraram ao jornal ABC que depois do incidente "o Cardeal Rouco está bem e tranquilo". Apesar do acontecido, o Cardeal não mudará as suas rotinas e continuará com suas visitas pastorais às diferentes paróquias de Madri, como fez neste domingo.
Esta agressão aconteceu um dia depois da manifestação contra a reforma da lei do aborto em Madri.
Os ataques do Femen foram constantes nos últimos meses. Na quinta-feira passada na catedral católica de Estocolmo, Suécia, um grupo de mulheres entrou no momento da consagração e se despiram no altar maior. Em seus tronos tinham escritos como: "My body my Choice, Nunca Mais".
As Femen se definem como “sextremistas” e costumam protestar com o tronco nu.
A mente mestra por trás destas mulheres é Victor Svyatski, um polêmico personagem que trata as garotas muito mal e as insulta chamando-as de “cadelas”.
Assim o revelou Kitty Green, diretora do documentário Ukraine is not a Brothel (Ucrânia não é um bordel) em uma entrevista com o jornal britânico The Independent, que afirmou também que apesar de Svyatski ser considerado formalmente como um “assessor” do Femen, “uma vez que eu estava dentro do círculo interno, não pude deixar de conhecê-lo. Ele é Femen”.