Os bispos de Quebec (Canadá) exortaram a Assembleia Nacional a rejeitar o projeto de lei 52 que, usando o eufemismo de “ajuda médica na morte”, significará a legalização da eutanásia.

"Causar a morte a uma pessoa não é cuidar dela", advertiram os prelados em uma declaração na qual assinalaram que "a lei proposta, se for adotada, legalizaria a eutanásia sob o nome de ajuda médica na morte". "Uma injeção letal não é um tratamento. A eutanásia não é uma forma de cuidado", expressaram.

Em sua declaração de 23 de janeiro indicaram que "em Quebec, o ato de causar a morte poderia ser considerado uma forma de ‘cuidado’ que poderia ser ‘administrado’ aos doentes terminais", e criticaram o uso da linguagem empregada para introduzir a prática sem despertar consciência.

Recordaram que a doutrina moral da Igreja já se pronunciou ante os casos de tratamentos desmedidos que se empregam para promover a eutanásia.

"Nós já temos o direito de renunciar ao tratamento. Nós já temos direito a que nossas vidas não sejam artificialmente prolongadas mediante a conexão a todo tipo de equipamentos", explicou a Assembleia Plenária dos Bispos Católicos de Quebec. "Isto já está dado: não necessitamos uma nova lei para garanti-lo".

"A lei 52 trata de permitir aos médicos causar a morte diretamente", declararam os prelados canadenses. "Isto vai contra os valores humanos mais fundamentais e contradiz o propósito da medicina. Ocasionar a morte a um paciente não é um ato médico", reiteraram.

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