O diretor da Sala de Imprensa do Vaticano, o sacerdote Federico Lombardi participou da assembleia dos delegados diocesanos para os meios de comunicação social da Conferência Episcopal Espanhola onde explicou a sua experiência à frente da comunicação do Vaticano.

O Pe. Lombardi assegurou que uma das características da sociedade atual é a de "uma alta expectativa de transparência". Da Sala de Imprensa do Vaticano assegura que "a pressão dos meios de comunicação foi um impulso para melhorar as aptidões comunicativas", especialmente em temas como a atividade econômica do IOR ou os abusos sexuais cometidos por parte de sacerdotes.

Nesse sentido, também se pronunciou sobre o relatório do Comitê da ONU sobre os Direitos da Criança, no qual se acusa o Vaticano de ter permitido “milhares de abusos” por parte de membros do clero.

O porta-voz do Vaticano assegurou que este é um "assunto no qual estamos trabalhando muito", assim como já trabalharam sobre este tema a comissão de oito cardeais em dezembro do ano passado. Além disso, nas próximas semanas se explicará o funcionamento da comissão criada para preveni-los.

O Pe. Lombardi também falou da sua experiência à frente da sala de Imprensa do Vaticano durante os pontificados de João Paulo II, Bento XVI e Francisco e comentou que foi muito interessante trabalhar com eles. "Cada um tem um estilo diferente e isso é preciso respeitar", também comentou que Bento XVI goza de muito boa saúde, "está em uma forma esplêndida, muito sereno, muito tranquilo e com a mente perfeita", disse.

O porta-voz do Vaticano assegurou que até agora não está previsto uma viagem do Papa Francisco à Espanha já que até agora a única viagem oficial prevista é à Terra Santa em maio e está em estudo outra à Ásia.

Outras de suas lembranças passaram pela renúncia de Bento XVI, o período de Sé Vacante e o conclave que escolheu Francisco. "A triste experiência do Vatileaks me preparou, no sentido de que em tempos de emergência informativa vaticana e da multiplicação de interrogantes e comentários, senti a necessidade de um vínculo mais prolongado e intenso com os jornalistas com sessões informativas quase diárias", assegurou.

Além disso, recordou a ajuda que prestaram ao Vaticano durante esse tempo o Pe. Jose María Gil Tamayo, atual porta-voz da Conferência Episcopal espanhola e o Pe. Tom Rosica.

Nesta assembleia participaram mais de 70 responsáveis pela comunicação de dioceses e organizações.

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