O vaticanista italiano Sandro Magister conta as reflexões do Bispo Emérito de Roma, Bento XVI, ao cumprir um ano de sua renúncia ao pontificado, anunciada em 11 de fevereiro de 2012.

Magister no artigo publicado em 10 de fevereiro no jornal italiano “La Voce di Romagna” relata o encontro entre “o grande Ratzinger” e dois amigos seus de longa data: o Arcebispo de Ferrara-Comacchio, Dom Luigi Negri e o professor Marco Ferrini, respectivamente presidente e diretor geral da Fundação Internacional João Paulo II para o magistério social da Igreja.

Sobre o encontro, Ferrini conta que “recebeu-nos no seu quarto no Vaticano, no convento Mater Ecclesiae. Estivemos juntos durante 40 minutos. Vimo-lo com aparência de mais velho para os seus 87 anos de idade, mas muito vivo e muito presente”.

Quanto ao diálogo, relata que “dissemos que graças ao magistério de João Paulo II e ao seu (de Bento XVI) recuperamos a continuidade da fé e da cultura com o esforço social e políticos, com um pouco de preocupação porque há em algumas partes da Igreja um retorno a certo tipo de dualismo, que parece fazer com que a Igreja volte a uma posição de automarginalização. E Bento XVI disse: ‘qualquer dualismo é cristãmente negativo’. Falou-nos das dificuldades do contexto no qual a Igreja serve hoje em dia, sofrendo o ataque virulento de parte do mundo e acrescentou: ‘se não houver batalha, não há cristianismo’”.

Ferrini indicou também que o encontro “verdadeiramente me tocou lá no fundo, pela profundidade e a doçura de sua pessoa, um testemunho vivo para todos”.

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